Segunda-feira, 07 de Julho de 2025

Home Economia Ministro da Fazenda Fernando Haddad se reúne com o chefe do Banco Central pela 1ª vez após a manutenção dos juros básicos da economia brasileira

Compartilhe esta notícia:

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, reuniram-se pela primeira vez, nessa segunda-feira (3), desde que a autoridade monetária decidiu manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano. Em rápida declaração à imprensa, Haddad disse que eles conversaram sobre vários temas e que a reunião foi “muito boa”.

“Foi uma reunião de rotina, em que a gente conversa sobre vários temas. Alinha informações, troca informações, estabelece alguns protocolos de como encaminhar as coisas. Foi muito boa. Conversamos sobre tudo, não tem uma pauta específica”, disse Haddad.

A Selic, a taxa básica de juros da economia, está em 13,75% ao ano, o maior patamar desde 2016. No último dia 22 de março, o BC frustrou expectativa do governo de redução da taxa de juros.

Cabe ao Comitê de Política Monetária (Copom) do BC definir a Selic. O Copom é formado pelo presidente e pelos diretores da instituição financeira.

O juro alto tem sido alvo de críticas pelo governo e o próprio presidente Lula, que culpam o índice pela desaceleração nos investimentos na economia e miram no presidente do BC.

Antes da reunião, Haddad havia afirmado que há espaço para corte na taxa de juros.

“Na minha opinião, tem espaço para cortes. Quando vai ser esse corte? Eu não sei, eu não estou lá dentro. Tem um espaço para corte suficiente para garantir que a economia brasileira se reestabilize”, disse Haddad, em entrevista à GloboNews.

Pesquisa

Haddad mencionou pesquisa Datafolha, que indicou que 80% dos brasileiros concordam com a pressão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a queda nos juros. O ministro também afirmou ter a impressão de que o que está acontecendo no mercado de crédito brasileiro, sobretudo no mercado de capitais, não está chegando inteiramente ao Banco Central.

“Não faço parte do BC, mas é um tema recorrente em nossas conversas: ‘será que vocês estão considerando o que parece estar acontecendo no mercado de capitais?’”, declarou.

O ministro também reafirmou que não vê espaço para política fiscal mais expansionista que o aprovado na PEC da Transição, no ano passado, quando os gastos neste ano subiram em R$ 170 bilhões. O espaço para o crescimento, disse ele, terá que vir de outro lugar, especialmente dos juros.

“O que vai fazer a economia crescer é o investimento privado. Existe espaço para crescer com PEC da Transição, com o arcabouço, a reforma tributária e a queda da taxa de juros.”

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Economia

Câmara dos Deputados instala películas antivandalismo após ataque de 8 janeiro
Mudança de planos: nova Lei de Licitações vai entrar em vigor só no fim do ano
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play

No Ar: Pampa Na Madrugada