Sábado, 20 de Abril de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 12 de janeiro de 2022
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quarta-feira (12) de manhã que a pasta vai enviar ainda nesta semana uma posição à Agência de Vigilância Sanitária (Anivsa) sobre a política pública para aplicação do autoteste de covid-19.
A declaração do ministro veio após cobrança do diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, de que a aprovação pela agência depende de documentos que irão nortear as orientações de exames que poderão ser realizados pelos próprios pacientes.
Queiroga afirmou que a ampliação da capacidade de testagem privada pode ajudar neste momento de alta na taxa de transmissão da covid no Brasil.
“O autoteste é uma iniciativa que pode se somar ao esforço do Ministério da Saúde”, afirmou.
O ministro defendeu que os exames sejam feitos pelos pacientes com orientação das revendedoras, e sincronizados com o Ministério da Saúde, que precisa computar os dados para estabelecer políticas públicas.
Indagado se quem trouxe o teste de covid do exterior poderia usá-lo, o ministro disse que sim.
“Se trouxe o teste, pode testar”, confirmou Queiroga.
A Anvisa entende que a resolução de 2015, que proíbe a testagem, precisa ser revista. Em entrevista ao programa “Em Foco”, na GloboNews, Barra Torres disse que o autoteste é uma tendência mundial e a Anvisa não vai perder tempo, mas aguarda o posicionamento do ministério.
“Não é simplesmente liberar um autoteste para ser feito em farmácia pelo próprio cliente, pelo próprio cidadão. Ele vem dentro de uma política pública de saúde. Porque é necessário uma previsão de uma série de fatores. Esse resultado precisa ser compilado, caso contrário a gente faz o teste e quem fica sabendo é só quem testou. E o sistema de compilação nacional? Então isso precisa existir.”
De acordo com Barra Torres, a Anvisa já está trabalhando com antecedência para que, logo que chegarem os documentos do ministério, não haja atraso para um posicionamento da agência.
“Tão logo esses documentos do ministério cheguem para nós, traçando esse ordenamento de como essa política vai ser implementada, a parte que nos cabe, que é uma parte de análise do teste, verificação, já vai estar muito adiantada”, afirmou. “De nossa parte, não vai ter perda de tempo. (Autoteste) é uma tendência mundial.”
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