Quarta-feira, 05 de Novembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 19 de julho de 2025
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, afirmou neste sábado (19) que o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) intensificou “condutas ilícitas” após a decisão que impôs uma série de medidas restritivas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que vai usar tornozeleira eletrônica e está proibido de acessar redes sociais.
A declaração de Moraes se deu em despacho no inquérito que investiga Eduardo por coação, obstrução de investigação e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
No documento, o ministro determinou que fossem anexados ao inquérito links de postagens e entrevistas realizadas por Eduardo com o que chamou de “ataques ao Supremo Tribunal Federal nas redes sociais”. Em uma das postagens, o filho de Bolsonaro se refere a Moraes como “ditador” e “gangster de toga”, além de afirmar que suas decisões são “censura e medidas de coerção”.
Nessa sexta-feira, Moraes determinou medidas cautelares contra o ex-presidente e teve sua decisão confirmada pela maioria da 1ª Turma do STF. Bolsonaro foi alvo de buscas da PF (Polícia Federal), vai usar tornozeleira e está proibido de acessar redes sociais.
A PF apontou que Bolsonaro tem atuado para dificultar o julgamento do processo do golpe e disse que as ações poderiam caracterizar crimes de coação no curso do processo, obstrução de Justiça e ataque à soberania nacional.
Após a operação, ainda na sexta-feira, o secretário de Estado do governo de Donald Trump, Marco Rubio, anunciou a revogação imediata do visto americano de Moraes, de seus aliados na Corte e familiares diretos. Essa é a primeira sanção adotada pelo governo dos Estados Unidos diretamente contra o ministro.
Na manhã deste sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou-se em solidariedade aos ministros e afirmou que “a interferência de um país no sistema de Justiça de outro é inaceitável e fere os princípios básicos do respeito e da soberania entre as nações”. (Com informações de O Estado de S. Paulo)