Terça-feira, 14 de Maio de 2024

Home em foco Ministros do Supremo criticam manifestantes que os hostilizaram em Nova York

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Os ministros do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes analisaram os protestos que ocorrem por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o resultado das eleições.

Para Lewandowski, os protestos são antidemocráticos. “Eu acho esses protestos antidemocráticos, não civilizados e não contribuem para o clima que queremos para o nosso país, e no próprio mundo”, disse.

Por outro lado, Mendes enxerga a liberdade de manifestação “totalmente livre”, mas faz ressalvas. “A liberdade de manifestação é totalmente livre, o que não vale é agressão, é tentativa de perturbação de um evento que se realiza com normalidade. Isso precisa ser avaliado”, disse.

Bolsonaristas hostilizaram, no final de semana, ministros do Supremo Tribunal Federal na porta de um hotel em Nova York. Em imagens que circulam nas redes sociais, manifestantes gritam e xingam os ministros, durante deslocamento até um veículo estacionado em frente ao hotel. Os militantes seguravam cartazes em que pediam intervenção federal e vestiam as cores da bandeira do Brasil.

É possível identificar que bolsonaristas ameaçam o ministro Gilmar Mendes, dizendo: “O que é seu está guardado, seu bandido”. Outros gritos de ordem também são ouvidos, como “Ei, Xandão, seu lugar é na prisão”, em referência ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes.

O ministro Luís Roberto Barroso foi abordado por uma mulher, na Times Square, que começou a gravar uma interação com o magistrado em que ela afirma: “Nós vamos ganhar essa luta. O senhor está entendendo? Que a gente vai ganhar essa luta, cuidado. O povo brasileiro é maior do que a nossa Suprema Corte”.

Diante da agressividade da mulher, Barroso entrou em uma loja e disse: “Não seja grosseira. Tchau, minha senhora. Passar bem”.

Em nota, o STF repudiou os ataques e classificou os atos como “incompatíveis”.

“O Supremo Tribunal Federal repudia os ataques sofridos por ministros da Corte, em Nova York. A democracia, fundada no pluralismo de ideias e opiniões, a legitimar o dissenso, mostra-se absolutamente incompatível com atos de intolerância e violência, inclusive moral, contra qualquer cidadão”, disse.

Os magistrados estavam na cidade norte-americana para participarem do evento Lide Brazil Conference. Entre os convidados estavam os ex-ministros da Fazenda Henrique Meirelles e Joaquim Levy, além do economista Pérsio Arida, ex-presidente do BNDES conhecido como um dos pais do Plano Real e integrante da equipe de transição de governo.

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