Sexta-feira, 07 de Fevereiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 4 de janeiro de 2024
O intérprete Melquisedeque Marins Marques, mais conhecido como “Quinho do Salgueiro”, morreu aos 66 anos na quarta-feira (3). Quinho foi uma das maiores vozes do carnaval do Rio de Janeiro e deu vida a grandes sambas-enredo. Ele estava internado no Hospital Evandro Freire, na Ilha do Governador. A causa da morte foi insuficiência respiratória.
Quinho estava afastado do carnaval. Desde 2022 ele lutava contra um câncer de próstata. Ainda assim, o nome dele foi lembrado durante o último desfile pelo carro de som do Salgueiro, que foi batizado como “Quinho do Salgueiro”.
“Quinho não era apenas um cantor, mas um poeta que traduzia em notas a essência da nossa escola”, publicou o Salgueiro nas redes sociais após a morte do intérprete.
Em 1993, ele comandou o coro de 60 mil vozes da plateia da Sapucaí com o samba-enredo “Peguei um ita no Norte”, do Salgueiro, conhecido pelo verso “Explode coração, na maior felicidade”.
Quinho começou no bloco Boi da Freguesia, sendo chamado para compor o carro de som de Aroldo Melodia na União da Ilha do Governador, em 1988. E lá ficou até 1990.
Ele foi para o Salgueiro em 1991, e foi na vermelho e branco da Tijuca, em 1993, com “Peguei um ita no Norte”, que Quinho se destacou. No ano seguinte, voltou para a União da Ilha.
Ao longo da sua carreira, passou por outras escolas do Rio, como São Clemente, Acadêmicos do Grande Rio, Império da Tijuca e Acadêmicos de Santa Cruz; de São Paulo, como Rosas de Ouro; e de Porto Alegre, como a Vila do IAPI.
Mas foi com o Salgueiro que teve sua ligação mais forte. Em 2009, interpretou “Tambor”, com o qual levou a escola ao seu nono e último título.
Por causa de divergências com a diretoria, passou um tempo afastado e tentou se candidatar à presidência da agremiação, mas teve sua candidatura impugnada.
Quinho retornou ao Salgueiro em 2019, quando passou a dividir o carro de som com Emerson Dias.
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