Sábado, 20 de Abril de 2024

Home Variedades Museu de cera na França retira estátua de Putin de exposição

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O Museu Grévin, em Paris, na França, retirou a estátua de cera de Vladimir Putin, presidente da Rússia, em protesto contra a invasão da Ucrânia pelas tropas do país, e depois de visitantes terem danificado a imagem durante o fim de semana. A peça foi criada em 2000 e agora tem novo endereço até segunda ordem: um armazém. O museu considera substituir Putin de cera por uma imagem de Volodymyr Zelensky.

“Hoje não é mais possível apresentar um personagem como ele… Pela primeira vez, na história do museu, nós estamos retirando a estátua por causa dos eventos históricos que estão ocorrendo”, disse o diretor do museu, Yves Delhommeau, à rádio France Bleu.

Ainda segundo o diretor, depois de danificada pelos visitantes do museu, ele e sua equipe não queriam ficar toda hora consertando os danos na imagem.

História de Volodymyr Zelensky

Quando o comediante formado em Direito Volodymyr Zelensky estrelou um dos programas de maior sucesso da televisão ucraniana em 2015, ninguém apostava que ele seria empossado presidente do país quatro anos depois.

A série “O Servo do Povo”, protagonizada por Zelensky, contava a história de um professor do ensino médio alçado repentinamente a governante máximo do país, após viralizar na internet fazendo um discurso anticorrupção em sala de aula.

A vida imitou a arte, e Zelensky anunciou sua candidatura à presidência no réveillon de 2019, pelo partido “Servos do Povo”. Mostrou-se como uma alternativa de renovação, adotou discurso eleitoral contrário à “velha política” e apostou na campanha via WhatsApp.

Ao apresentar um plano de governo considerado vago, levou para a vida real as críticas feitas, na televisão, aos “oligarcas” da política ucraniana. Defendeu a entrada da Ucrânia na União Europeia e na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), questão central do atual conflito com a Rússia.

Onda conservadora

Com as urnas apuradas, Zelensky deixou para trás o experiente Petro Poroshenko, que concorria à reeleição, e liderou a votação com 73% dos votos. Ele aproveitou a popularidade em alta, prometeu reformas no sistema político, dissolveu o parlamento e antecipou a convocação de eleições legislativas.

Seu partido, inspirado no nome da série que o catapultou à presidência, obteve vitória histórica no parlamento, garantindo governabilidade. Pela oposição, foi acusado de representar os interesses do bilionário Ihor Kolomoyskyi, dono, entre outras empresas, do canal de televisão que exibia o programa estrelado por Zelensky.

Kolomoyskyi é um controverso e rico empresário, proprietário do maior banco ucraniano e ferrenho opositor a Putin. Ele formou uma milícia armada sob seu comando, que combate rebeldes russos em território ucraniano.

Zelensky surfou na onda da reviravolta política que marcou o país em 2013. Apoiados pelos EUA e a União Europeia, protestos violentos, de viés anticomunista, demandavam a ocidentalização da Ucrânia e aumentaram a tensão com a Rússia. O resultado foi a queda do então presidente Viktor Yanukovych, e o fortalecimento da extrema-direita no país.

Apoio em meio ao conflito

A maioria dos ucranianos é favorável a Zelenskiy, segundo pesquisa realizada pelo grupo Rating Sociological no último fim de semana. Dos dois mil entrevistados, 91% dos apoiaram Zelensky, 6% disseram que não o apoiavam e 3% estavam indecisos.

O apoio cresceu três vezes em relação a dezembro do ano passado. Moradores da Crimeia e de áreas controladas pelos rebeldes no leste da Ucrânia foram excluídos da pesquisa, segundo a rede de televisão britânica BBC.

Quando perguntados sobre as chances de a Ucrânia conseguir repelir o ataque russo, 70% disseram acreditar que era possível.

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