Domingo, 05 de Maio de 2024

Home em foco Mutação do coronavírus: cientistas fazem 1ª imagem de microscópio da variante Ômicron

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Cientistas da Universidade de Hong Kong conseguiram capturar pela primeira vez a imagem da variante ômicron do coronavírus com a ajuda de um microscópio, informou a instituição em um comunicado.

Os pesquisadores da Faculdade de Medicina divulgaram dois registros – de microscópios eletrônicos – de uma cultura do vírus em laboratório.

Na imagem da esquerda, explicam os cientistas, é possível ver um recorte “de baixa ampliação” de uma célula de rim de macaco infectada intencionalmente com essa variante do Sars-Cov-2.

Nela, é possível ver que a ômicron provoca danos em nível celular com vesículas – essas pequenas bolhas – cheias de pequenas partículas virais (identificadas pela cor preta).

Já na imagem da direita, a micrografia eletrônica tem alta ampliação desta mesma célula, mas mostrando as partículas virais mais de perto (dentro deste quadrado cor de rosa).

Neste registro, é possível inclusive ver a coroa do coronavírus (formada pela proteína S) ao redor da partícula viral.

A imagem foi produzida pelos professores John Nicholls, Malik Peiris e Tam Wah-Ching da Universidade de Hong Kong.

Origem da variante

A variante ômicron – também chamada B.1.1529 – foi reportada à OMS em 24 de novembro de 2021 pela África do Sul.

O primeiro caso confirmado da B.1.1529 foi de uma amostra coletada em 9 de novembro de 2021. De acordo com OMS, a variante apresenta um “grande número de mutações”, algumas preocupantes.

“Evidências preliminares sugerem uma alta no risco de reinfecção com a variante, comparada com as outras versões do coronavírus”, disse a agência de Saúde das Nações Unidas em um comunicado.

Nas últimas semanas, as infecções do coronavírus vinham aumentado abruptamente no país, o que coincide com a detecção da nova variante B.1.1529.

A situação epidemiológica no país tem sido caracterizada por três picos de casos notificados, sendo que o último era com a variante delta.

Casos leves

O chefe de estratégia de vacinas da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês), Marco Cavaleri, disse nesta quinta (9) que a maioria dos casos provocados pela variante ômicron na União Europeia pareciam ser “leves”. No entanto, ele reforçou que mais estudos são necessários para determinar a gravidade.

“Os casos parecem ser em sua maioria leves, no entanto, precisamos reunir mais evidências para determinar se o espectro de gravidade da doença causada pela ômicron é diferente de todas as variantes que circularam até agora”, afirmou Cavaleri.

Sobre as vacinas e a variante, a EMA disse que ainda não há dados suficientes sobre o impacto da ômicron na eficácia dos imunizantes aprovados pelo bloco. “Estamos continuamente examinando o horizonte em busca de resultados”, completou o chefe de estratégia de vacinas.

Na quarta, a OMS disse que a ômicron parece provocar uma maior taxa de reinfecção, mas com sintomas mais brandos.

“Os dados preliminares da África do Sul sugerem um risco maior de reinfecção pela ômicron, mas são necessários mais dados para tirar conclusões mais sólidas. Também há indícios que sugerem que a ômicron provoca sintomas menos graves do que a delta [a variante mais dominante atualmente], mas ainda é cedo demais para termos certeza”, declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus.

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