Domingo, 19 de Maio de 2024

Home Educação Na contramão de Lula, doze governadores anunciam continuidade de escolas cívico-militares

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Após o presidente Lula (PT) ter anunciado o encerramento do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), criado na gestão de Jair Bolsonaro (PL) e uma das marcas do seu governo, governadores de onze Estados e do Distrito Federal comunicaram em suas redes sociais que regulamentarão a estrutura estadualmente e ainda prometeram ampliar o número de instituições de ensino. Nomes como Cláudio Castro (RJ), Romeu Zema (MG), Tarcísio de Freitas (SP) estão entre os titulares que contrariaram o governo federal.

Além de Minas, Rio e São Paulo, governadores de outras nove unidades federativas também manterão a estrutura: Jorginho Mello (SC), Ratinho Júnior (PR), Ronaldo Caiado (GO), Jerônimo Rodrigues (BA), Ibaneis Rocha (DF), Helder Barbalho (PA), Gladson Cameli (AC), Mauro Mendes (MT) e Marcos Rocha (RO).

No Rio de Janeiro, tanto o governador quanto o prefeito da cidade, Eduardo Paes, anunciaram a manutenção das escolas já existentes. O governador afirmou que há 16 unidades no estado fluminense e que pretende ampliar o número:

“Atendemos aproximadamente 10 mil alunos. Portanto vamos manter essas escolas já existentes. Nossa estratégia é ainda ampliá-las, já que elas se enquadram como escolas vocacionais e estão no escopo do novo ensino médio. Vamos em frente!”, disse Cláudio Castro (PL) na quinta-feira (13).

Já em São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) prometeu editar um decreto para regular o programa estadual e ampliar o número de unidades de ensino neste formato. Tarcísio afirmou saber a importância deste tipo de instituição por ter sido aluno de colégio militar. Como noticiou o Globo, a medida não estava nos planos de Tarcísio, mas serviu como afago aos parlamentares da base bolsonarista.

Romeu Zema, governador de Minas Gerais, aproveitou a ocasião para exaltar a bandeira da educação. “A tradição, a disciplina e o prestígio de uma das instituições mais respeitadas do mundo, agora se unem ao trabalho de ensino dos mineiros. Aqui a educação é sempre prioridade”, disse.

No Estado, há 16 escolas desta modalidade, sendo nove estaduais. Além dos doze Estados, há casos ainda como o do Piauí. O governador Rafael Fonteles (PT) não se manifestou sobre o tema. Entretanto, prefeitos dos municípios com escolas cívico-militares afirmaram que as instituições serão mantidas.

Na última terça-feira, o Ministério da Educação (MEC) informou os secretários estaduais de Educação o encerramento do programa. Criado em 2019 atendia mais de duzentas escolas que, agora, serão reintegradas à rede regular de ensino. Ao longo da gestão de Bolsonaro, a iniciativa recebeu críticas pelo alto investimento e baixa adesão.

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