Sábado, 14 de Dezembro de 2024

Home em foco “Não vamos tirar ninguém na marra”, diz o futuro ministro da Defesa sobre pessoas acampadas em frente a quartel do Exército em Brasília

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Os manifestantes acampados em frente ao Quartel General do Exército em Brasília (DF) lá permanecerão na posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, se assim o desejarem. “Não vamos tirar ninguém na marra”, disse o futuro ministro da Defesa.

Para José Múcio, o desmonte do atentado na região do aeroporto de Brasília é uma demonstração de que a polícia está atuante. O futuro ministro afirmou desconhecer o general com quem um dos planejadores do atentado, o empresário paraense George Washington, disse ter conversado em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal.

Múcio confirmou a informação de que o general Julio Cesar Arruda assumirá o comando do Exército no dia 30 em substituição ao atual comandante, Paulo Sérgio Nogueira. Não o fará, no entanto, por nomeação do atual presidente Jair Bolsonaro. Assumirá como interino até a posse de Lula como novo comandante em chefe das Forças Armadas.

O segundo na hierarquia é o chefe do Estado-Maior do Exército, general Valério Stumpf Trindade, mas Arruda estaria respaldado a assumir pelo critério de antiguidade. “Foi um entendimento entre eles e é benéfico”, disse Múcio.

Também será antecipada a posse, até a esta quinta-feira (29), do almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen, no lugar do atual comandante Almir Garnier Santos. Apenas o tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno assumirá a Aeronáutica no dia 2, no lugar do atual comandante Carlos Baptista Junior.

Segundo Múcio, as datas foram definidas em função das agendas pessoais. O futuro ministro viu com naturalidade a ida do atual ministro da Justiça, Anderson Torres, para a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. A inação de Torres diante da escalada de violência de manifestantes bolsonaristas com a proximidade da posse de Lula é vista com reservas na transição.

O Centro de Comunicação Social do Exército informou que mantém interlocução permanente com os órgãos de segurança do DF. O atual secretário, Júlio Danilo Souza Ferreira, já disse que trabalha para desmobilizar o acampamento antes da posse. O mesmo desejo já foi manifestado por Flávio Dino, futuro ministro da Justiça de Lula.

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