Quinta-feira, 25 de Abril de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 27 de novembro de 2021
A nova cepa sul-africana, batizada de Ômicron, tem gerado temor pelo e a suspensão de voos. Mais de 10 países ou territórios já anunciaram restrições a voos de nações africanas devido à variante ômicron (B.1.1.529) do coronavírus descoberta na África do Sul, até o momento.
Outras nações, como Singapura, Japão e Índia, também anunciaram que vão adotar medidas, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou ao governo brasileiro que adote medidas de restrição para voos e viajantes de 6 nações africanas.
A B.1.1.529, agora chamada de variante ômicron, preocupa pois tem 50 mutações — algo nunca visto antes —, sendo mais de 30 na proteína “spike” (a “chave” que o vírus usa para entrar nas células e que é o alvo da maioria das vacinas contra a Covid-19).
O virologista Tulio de Oliveira, diretor do Centro para Resposta Epidêmica e Inovação na África do Sul, que anunciou a descoberta da nova variante na quinta-feira (25), afirma que a variante ômicron carrega uma “constelação incomum de mutações” e é “muito diferente” de outros tipos que já circularam.
“Esta variante nos surpreendeu, ela deu um grande salto na evolução [e traz] muitas mais mutações do que esperávamos”, afirma Oliveira, que é brasileiro. Mas ainda é cedo para dizer o quão transmissível ou perigosa é a variante — e seu efeito sobre as vacinas já desenvolvidas.
Os países que já adotaram restrições de viagens devido à nova variante são:
– Alemanha: anunciou que não vai aceitar a entrada de viajantes procedentes da África do Sul. Alemães que voltarem do país terão que fazer quarentena de 14 dias mesmo se estiverem vacinados.
– Bahrein: vai proibir voos de alguns países.
– Croácia: vai proibir voos de alguns países.
– Estados Unidos: O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que o país vai impor restrições a viajantes oriundos da África do Sul e mais sete nações africanas: Botsuana, Zimbábue, Namíbia, Lesoto, Eswatini, Moçambique e Malawi, a partir de 29 de novembro. As restrições não valem para cidadãos americanos.
– França: suspendeu voos do sul da África.
– Hong Kong: anunciou a proibição da entrada de não residentes vindos de 8 países do sul da África, caso tenham permanecido nesses países nos últimos 21 dias: África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Malaui, Moçambique, Namíbia e Zimbabue.
– Israel: colocou 7 nações africanas em sua lista vermelha sanitária (que impede a viagem de estrangeiros desses países): África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Moçambique, Namíbia e Zimbábue.
– Itália: proibiu a entrada de qualquer pessoa que esteve em 8 países do sul da África nos últimos 14 dias: África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Malaui, Moçambique, Namíbia e Zimbábue.
– Reino Unido: colocou seis países na “lista vermelha” de restrições de viagem devido à pandemia de Covid-19: África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue. Com isso, voos comerciais estão temporariamente proibidos e viajantes britânicos ou com residência no Reino Unido que estejam voltando dos locais afetados terão de fazer quarentena de 10 dias mesmo se estiverem vacinados.
– Singapura: Ministério da Saúde de Singapura disse que vai restringir as chegadas de pessoas da região.
– Suíça: proibiu voos diretos saindo da África do Sul e dos outros cinco países da região, além de Israel, de Hong Kong e da Bélgica — países que detectaram essa variante.
– Brasil: a Anvisa recomendou a restrição para voos de 6 nações africanas: África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue. A manifestação foi enviada ao Ministério da Casa Civil, que anunciou que passará a valer em 29 de novembro.
– Holanda: anunciou a suspensão de voos, em 26 de novembro, para viajantes do sul da África.
– Hungria: vai impor restrições aos viajantes de Botswana, Lesoto, Eswatini, Moçambique, Namíbia, África do Sul e Zimbábue.
– Canadá: anunciou proibições de viagens ou restrições ao sul da África na sexta-feira.
– Austrália: anunciou no sábado que proibirá a entrada de não-cidadãos que estiveram em nove países da África Austral e exigirá quarentenas supervisionadas de 14 dias para os cidadãos australianos que retornarem de lá.
– Japão: estenderá seus controles de fronteira mais rígidos para mais três países africanos, após impor restrições a viagens da África do Sul, Botswana, Eswatini, Zimbábue, Namíbia e Lesoto na sexta-feira.
Outros países como Turquia, Emirados Árabes, Ruanda e Irlanda também adotaram barreiras contra viajantes provenientes de países do sul da África.
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