Sábado, 27 de Abril de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 12 de novembro de 2021
Um segundo rascunho do acordo final da COP26 (Conferência das Nações Unidas Sobre as Mudanças Climáticas), realizada em Glasgow, na Escócia, foi divulgado na manhã desta sexta-feira (12), último dia do evento.
A versão final ainda está sendo negociada por representantes dos quase 200 países participantes da conferência, e o acordo tem caminhado na linha tênue entre as demandas das nações ricas e daquelas em desenvolvimento.
O texto mantém a pressão para que países sejam mais ambiciosos em seus planos para combater o aquecimento global e estabelece uma divisão entre os países, dizendo que a atualização das promessas deve levar em conta “diferentes circunstâncias nacionais”.
O rascunho também mantém a menção inédita a combustíveis fósseis, mas usa uma linguagem mais fraca do que a primeira versão do acordo para cobrar o fim de subsídios a essa fonte de energia.
A mudança fica expressa na inclusão da palavra “ineficientes” – termo que não constava no rascunho anterior, divulgado na quarta-feira (10): “A supressão progressiva da energia produzida com carvão e dos subsídios ineficientes aos combustíveis fósseis”.
As menções ao carvão e aos combustíveis fósseis foram mantidas apesar da campanha “feroz” dos principais produtores de carvão, petróleo e gás para que fossem totalmente removidas.
Após duas semanas de evento, as negociações sobre o acordo final devem prosseguir pelo fim de semana devido às divergências registradas até o momento.
De forma geral, o primeiro rascunho já trazia avanços pontuais, mas não apresentava detalhes sobre como atingir as metas necessárias para que o aumento da temperatura do planeta seja menor do que 2ºC até 2100 – de preferência não ultrapassando 1,5ºC, como foi definido no Acordo de Paris.
Da era pré-industrial até o momento, a temperatura da Terra já subiu 1,1ºC. O texto também pede aos países que apresentem promessas melhoradas no próximo ano para combater as mudanças climáticas, mas não confirma se isso se tornará um requisito anual. É possível que essa decisão fique para a COP27, que será realizada no Egito em 2022.
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