Quarta-feira, 15 de Maio de 2024

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O baixo preço do veículo seminovo, pressionado por fatores como os juros elevados e desconto no carro zero quilômetro por parte das montadoras, tem trazido prejuízos milionários ao setor de locação de carros. Os preços menores na revenda batem em cheio nos balanços e têm feito as locadoras até reduzirem a velocidade de compra de carros, temendo dificuldade na revenda, mesmo diante de uma demanda firme pelo aluguel.

No balanço de 2023, a Unidas reconheceu perda de R$ 190 milhões diante da desvalorização do seminovo. A Localiza, em meados do ano passado, divulgou perdas de R$ 630 milhões. O cenário deve começar a virar apenas no segundo semestre, segundo executivos – se a economia ajudar.

Segundo Cláudio Zattar, CEO da Unidas, a dificuldade na revenda fez o grupo até pisar no freio nas suas compras. No total, a empresa, controlada pela gigante Brookfield, comprou 58 mil carros em 2023, abaixo da meta de 70 mil. O efeito da depreciação dos seminovos fez a Unidas ter prejuízo líquido de R$ 88,1 milhões, contra lucro de R$ 26 milhões no quarto trimestre de 2022.

A queda do seminovo decorre de dois fatores. O primeiro deles foi a Medida Provisória nº 1.175 que reduziu o IPI sobre carros novos por alguns meses no ano passado, pressionando assim o seminovo. Mas as locadoras destacaram que, mesmo após o fim do programa, os preços não estão reagindo. Isso porque montadoras estão dando descontos na venda do varejo como uma forma de incentivar o consumo.

Questionado sobre um cenário de melhora, Zattar disse que nenhuma virada é esperada antes do segundo semestre.

“A partir do segundo semestre podemos ter uma recuperação. Os bancos voltaram. As taxas não melhoraram muito, mas a aprovação de ficha melhorou”, disse.

Apesar do desafio, Zattar disse que a demanda continua firme por locação, com a empresa avançando na coleta de sinergias da operação bilionária feita com a Localiza para compra de parte dos ativos da antiga Unidas. “Em todos os segmentos a gente apresentou crescimento e com rentabilidade muito boa”, disse.

Já o presidente da Localiza, Bruno Lasansky, disse em conferência com analistas nesta semana que o setor vê alguns movimentos positivos na venda de seminovos.

“Nossa evolução de venda de seminovo continua. O próprio mercado de zero e de usados tem crescido no primeiro bimestre [num ritmo de] dois dígitos. Há uma tendência construtiva de volume”, disse. O executivo, entretanto, evitou apresentar alguma estimativa de quando uma normalidade será atingida.

A empresa, ainda, tem enxergado uma janela importante para subir tarifa neste ano, que deve ajudar a melhorar margens. No último trimestre esse salto foi mais visível, segundo os executivos. A diária média aumentou 12,1% na comparação com o trimestre anterior, para R$ 120,54. Na contramão, a ocupação ficou em 78,6%, queda de apenas 0,3 pontos percentuais contra o terceiro trimestre – o que sinaliza um consumidor disposto a pagar mais pelo serviço.

O mercado aguarda agora as sinalizações da Movida, que divulga seus dados no dia 25 de março. A empresa tem enfrentado mais dificuldades com a depreciação, uma vez que ela avançou em uma ampla renovação de frota durante a pandemia, quando os preços dos carros estavam bastante elevados.

O baixo preço do veículo seminovo, pressionado por fatores como os juros elevados e desconto no carro zero quilômetro por parte das montadoras, tem trazido prejuízos milionários ao setor de locação de carros. Os preços menores na revenda batem em cheio nos balanços e têm feito as locadoras até reduzirem a velocidade de compra de carros, temendo dificuldade na revenda, mesmo diante de uma demanda firme pelo aluguel.

No balanço de 2023, a Unidas reconheceu perda de R$ 190 milhões diante da desvalorização do seminovo. A Localiza, em meados do ano passado, divulgou perdas de R$ 630 milhões. O cenário deve começar a virar apenas no segundo semestre, segundo executivos – se a economia ajudar.

Segundo Cláudio Zattar, CEO da Unidas, a dificuldade na revenda fez o grupo até pisar no freio nas suas compras. No total, a empresa, controlada pela gigante Brookfield, comprou 58 mil carros em 2023, abaixo da meta de 70 mil. O efeito da depreciação dos seminovos fez a Unidas ter prejuízo líquido de R$ 88,1 milhões, contra lucro de R$ 26 milhões no quarto trimestre de 2022.

A queda do seminovo decorre de dois fatores. O primeiro deles foi a Medida Provisória nº 1.175 que reduziu o IPI sobre carros novos por alguns meses no ano passado, pressionando assim o seminovo. Mas as locadoras destacaram que, mesmo após o fim do programa, os preços não estão reagindo. Isso porque montadoras estão dando descontos na venda do varejo como uma forma de incentivar o consumo.

Questionado sobre um cenário de melhora, Zattar disse que nenhuma virada é esperada antes do segundo semestre.

“A partir do segundo semestre podemos ter uma recuperação. Os bancos voltaram. As taxas não melhoraram muito, mas a aprovação de ficha melhorou”, disse.

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