Sexta-feira, 29 de Março de 2024

Home em foco Ômicron: pacientes relatam mais um sintoma da nova variante do coronavírus

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De maneira geral, a variante Ômicron do SARS-CoV-2 apresenta os mesmos sintomas das cepas anteriores em quadros mais leves, no entanto, pacientes do Reino Unido têm relatado quadros de diarreia após a infecção com a variante.

De acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, cerca de 20% dos infectados podem ter diarreia. Vale lembrar que é importante avaliar os sintomas como um todo e não de forma individual.

Ainda segundo a universidade, os pacientes devem procurar auxílio médico nos seguintes casos: se a diarreia persistir durante dois dias; se ocorrer muita sede, boca ou pele secas; se tiver pouca ou nenhuma urina; se houver sangue nas fezes; se existir dor abdominal ou retal severa; ou se o infectado apresentar febre superior a 39ºC.

Em entrevista ao Business Insider, Claire Steves, cientista envolvida no Estudo de Sintomas Zoe Covid, disse que os sintomas mais relatados do Ômicron são mais parecidos com um resfriado, especialmente em pessoas que foram vacinadas.

O estudo usa um aplicativo de smartphone para registrar como as pessoas estão se sentindo todos os dias em todo o Reino Unido. Ele oferece uma visão abrangente de como os sintomas da Covid-19 mudaram ao longo da pandemia.

Coriza, dor de cabeça, fadiga, espirros e dor de garganta foram os cinco principais sintomas entre as pessoas no Reino Unido que registraram um teste positivo para Covid nas últimas semanas. Enquanto isso, 44% das pessoas nesse grupo relataram tosse persistente e 29% relataram febre. A perda de paladar ou olfato era ainda menos comum.

Mais contagiosa

A variante Ômicron é muito mais contagiosa do que as cepas anteriores do coronavírus. Há pouco menos de uma semana, os Estados Unidos registraram um recorde de 1,35 milhão de novas infecções, o número diário de casos mais alto de qualquer país, segundo dados da agência de notícias Reuters.

Na terça, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que metade da população na Europa terá sido infectada com a variante ômicron nas próximas seis a oito semanas. E na quarta-feira, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) informou que, devido à ômicron, as infecções por covid-19 nas Américas quase dobraram na última semana.

“As infecções estão acelerando em todos os cantos das Américas e, mais uma vez, nossos sistemas de saúde estão enfrentando desafios”, alertou Carissa Etienne, diretora da Opas.

Segundo a epidemiologista Maria Van Kerkhove, líder técnica da OMS para Covid-19, há três razões principais por trás do alto nível de contágio da Ômicron:

— Esta variante do vírus desenvolveu mutações que permitem a ela aderir mais facilmente às células humanas;
— Temos “escape de imunidade”. Ou seja, as pessoas podem ser reinfectadas mesmo que tenham tido a doença anteriormente ou tenham sido vacinadas;
— A ômicron se replica no trato respiratório superior, facilitando a propagação do vírus, diferentemente da delta e de outras variantes que se replicam principalmente no trato respiratório inferior — isto é, nos pulmões.

O portal Covid Vaccine Hub indica que é difícil estimar o quão transmissível a ômicron é comparado a outras variantes, mas que algumas estimativas da Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido sugerem que ela pode ser entre duas e mais de três vezes mais contagiosa que a delta.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) dizem que “é provável” que a ômicron se propague mais facilmente do que o SARS-CoV-2, vírus original causador da Covid-19, mas que “ainda não se sabe” quão fácil se espalha em comparação com a delta.

Os CDC destacam que qualquer pessoa infectada com ômicron pode espalhar o vírus, mesmo que esteja vacinada ou não apresente sintomas.

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