Sábado, 20 de Abril de 2024

Home Saúde Organização Mundial da Saúde alerta sobre envio de doses de vacina com tempo de validade curto

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A grande preocupação causada pela desigualdade vacinal é a criação de ambientes propícios para o surgimento de variantes, abrindo caminho para que alguma consiga vencer a barreira das vacinas. A Ômicron foi inicialmente identificada na África do Sul – embora já circulasse em outros países –, onde a taxa de imunizados está abaixo de 27%.

África, América Latina e Ásia são os principais destinos das doações de doses da Covax. A OMS (Organização Mundial da Saúde) pede para que as doações sejam feitas com antecedência, para facilitar a distribuição e superar dificuldades logísticas. Um grande problema enfrentado pelos mais pobres é o envio de doses com tempo de validade curto, o que exige uma capacidade de distribuição que poucos países têm.

Prazo de validade

Até julho, mais de 400 mil doses haviam chegado já vencidas em pelo menos oito países africanos, segundo a OMS. A organização passou a pedir que os países enviassem suas remessas com pelo menos dois meses e meio antes do prazo de validade.

O apelo da OMS foi feito no fim de novembro. Mas, dias depois, a agência Reuters revelou que a Nigéria havia recebido 1 milhão de doses da AstraZeneca perto da data de validade. A doação havia sido feita pela Europa via Covax. O país, que tem mais de 200 milhões de habitantes e apenas 4% de vacinados, precisou destruir as doses e anunciou que não aceitará mais remessas com validade curta.

Desperdício

O desperdício também afeta os mais ricos. Segundo dados do Centro de Controle de Doenças (CDC), dos EUA, obtidos pelo canal NBC News, mais de 15 milhões de doses foram jogadas fora no país desde março. Em setembro, 40 mil doses da AstraZeneca precisaram ser descartadas no Reino Unido depois de perderem o prazo.

O Canadá, que no ano passado foi criticado por reservar doses suficientes para imunizar sua população quatro vezes, também já reportou o desperdício de aproximadamente 1 milhão de doses, segundo a imprensa local.

Mesmo administrando doses de reforços, países ricos teriam 1,2 bilhão de doses excedentes em estoques, que podem vencer em um período curto de tempo, segundo a Airfinity, empresa de análise de dados científicos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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