Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 24 de março de 2023
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse na quinta-feira (23) que a empresa pode promover “em breve” uma redução no preço da gasolina. Na quarta-feira, a companhia reduziu em cerca de 4,5% os preços do óleo diesel nas refinarias.
Segundo ele, que participou de evento da FGV Energia, a Petrobras está analisando o comportamento dos preços no mercado externo, ressaltando que ele aceita o Preço de Paridade de Importação (PPI) como uma referência, não como um “dogma”.
Prates não quis dizer, porém, quando seria anunciada a redução do preço da gasolina, afirmando que tem “uma equipe que acompanha os preços”.
“Talvez (vamos reduzir o preço da gasolina), a gente está flutuando de acordo com a referência internacional”, disse Prates, em entrevista após lançamento do “Caderno FGV Energia de Gás Natural”.
Ele salientou que a empresa vai praticar preços do mercado brasileiro, acompanhando as cotações no mercado externo. “Sempre que a gente puder vender mais barato para nosso cliente, nosso consumidor brasileiro, a gente vai fazer isso”, disse.
Mercado de gás
Prates afirmou ainda que a produção prevista de gás natural no futuro será suficiente para o Brasil não depender de importação.
O executivo disse que a companhia vai “disputar a tapa” até o último cliente, o “último metro cúbico de gás que tivermos que vender, vamos baixar o preço se for necessário”.
Ele criticou a politica de preços adotada para os combustíveis, atrelada ao preço de paridade de importação (PPI): “Daqui a pouco vão querer impor PPI de gás para companhia”.
O executivo voltou a dizer que é vantagem ser sócio da Petrobras, porque significa ser sócio do Estado brasileiro e que a discussão sobre a participação da empresa em novos projetos tem que ser discutida caso a caso.
Prates afirmou, porém, que a Petrobras participará do desenvolvimento de nova infraestrutura de gás natural, “com certeza”.
Não temos que ter vergonha de dizer que vamos investir em gás natural, o governo é quem vai decidir, ele é o maestro”, disse.
Mercado internacional
Prates criticou a atual política de equiparar os preços dos combustíveis no Brasil com o mercado internacional. Ele comparou a situação da Petrobras com a da rede de fast-food McDonald’s dizendo que, se o presidente da rede tivesse que fazer ações para permitir o crescimento da concorrente Burguer King, provavelmente seria demitido da companhia.
O executivo defendeu a queda no preço do combustível, declarou que a empresa já pratica o preço de mercado nacional: “Estamos flutuando de acordo com a referência internacional e com o mercado brasileiro. Essa é a nossa política agora. É mercado nacional que é composto de produto aqui e produto importado. É preço de mercado brasileiro. Sempre que a gente puder ter o preço mais barato para vender para o nosso cliente, o nosso consumidor brasileiro a gente vai fazer isso.”
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