Segunda-feira, 30 de Junho de 2025

Home Economia Petróleo cresce e é o 2º produto mais exportado pelo Brasil; só a soja traz mais recursos

Compartilhe esta notícia:

A importância do petróleo cresceu na pauta de exportações brasileiras, em movimento que deve se manter nos próximos anos. Em volume de divisas, em 2022, só perdeu para a soja. As exportações de óleo bruto alcançaram US$ 42,5 bilhões e representaram 12,7% de tudo o que o Brasil vendeu para o exterior. A soja rendeu US$ 46,5 bilhões. Em 2022, o Brasil se consolidou como o nono maior produtor de petróleo do mundo e apareceu entre os dez principais exportadores.

A projeção de que a produção do pré-sal deve atingir o pico até o fim da década, porém, abre discussão sobre novas fronteiras de exploração, como a Margem Equatorial, no norte do País. de toneladas de petróleo foi o volume exportado pelo Brasil no ano passado, crescimento de 1,7% ante as vendas externas de 2021

Com aumento da produção, o petróleo ganha cada vez mais espaço na pauta de exportação brasileira em um movimento que deve se manter nos próximo anos, segundo analistas. No ano passado, as exportações de óleo bruto de petróleo alcançaram US$ 42,5 bilhões – valor recorde – e representaram 12,7% de tudo o que o Brasil negociou para o exterior. Foi o segundo principal item vendido pelo País, atrás só da soja (US$ 46,5 bilhões).

Em volume, a exportação de petróleo cresceu 1,7% em 2022 na comparação com o ano anterior, para 68,7 milhões de toneladas. “Diria que o setor de petróleo é um dos que mais vai contribuir daqui para frente para o saldo da balança comercial brasileira”, afirma Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).

Degrau acima

Para uma nação que sempre politizou a sua relação com o petróleo – a campanha com o lema “O petróleo é nosso” na era Vargas é um exemplo – e sofreu com a escassez do produto nos anos 1970, os números do setor mostram que o País mudou de patamar nos últimos anos. Em 2022, o Brasil se consolidou como o nono maior produtor de petróleo do mundo e apareceu entre os dez principais exportadores (mais informações em quadro na pág. B2).

O cenário de crescimento da produção pode ser explicado, em parte, pelo desempenho do pré-sal e pelo aumento de preços do petróleo observado ao longo das últimas décadas, o que tornou viável e interessante a exploração. Nas décadas de 80 e 90, o valor do barril chegou a US$ 20 (por volta de R$ 96). Hoje, tem oscilado num patamar acima de US$ 85 (R$ 417). “A valorização do barril do petróleo foi crucial para que novas fronteiras (de exploração) ganhassem na economicidade (relação custo-benefício)”, diz João Victor Marques, pesquisador da FGV Energia.

Entre janeiro e julho deste ano, as exportações somaram US$ 22,3 bilhões, um pouco abaixo do apurado no mesmo período de 2022 (US$ 23,1 bilhões). “Essa queda já era esperada por causa do menor preço do petróleo”, afirma José Augusto de Castro, presidente executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). “Nos últimos anos, o Brasil tem aumentado a produção de petróleo, e esse movimento deve continuar”, afirma. “À medida que a quantidade (produzida) sobe e o preço não cai muito, a tendência é de ampliar essa participação (no total das exportações).”

Pré-sal

O pré-sal responde por cerca de 75% da produção, e tem uma grande vantagem adicional: o custo de operação é baixo e deixa a produção atrativa, mesmo quando há uma queda nos preços. “As empresas priorizam investir naquelas áreas em que aguentam a volatilidade do preço. Quando está alto, está ótimo. Quando está baixo, ainda é rentável”, afirma Walter de Vitto, economista e sócio da Tendências Consultoria.

Entre 2002 e 2022, a produção de petróleo saltou de quase 1,5 milhão de barris diários para 3,1 milhões, de acordo com a Tendências. A previsão é chegar a 3,9 milhões barris em 2027. A expectativa é de que continue crescendo até o fim desta década, quando a extração do pré-sal deve começar a perder força.

O caminho para a exportação do produto também se tornou natural, porque o País viu a sua capacidade de refino estagnada em pouco mais de 2 milhões de barris por dia nos últimos dez anos. Hoje, tecnicamente, o Brasil é autossuficiente na produção de petróleo e, portanto, todo aumento de produção acaba sendo exportado.

“O País tem contratado um aumento da produção de petróleo e, se tudo permanecer como está, deve ter um aumento das exportações”, diz De Vitto. “O que pode fazer com que isso não ocorra, eventualmente, é o aumento da capacidade de refino, porque você não exportaria petróleo e usaria ele aqui”, afirma.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Economia

Gasolina sobe nos postos após quatro semanas de queda, diz Agência Nacional de Petróleo
Petrobras e parte do governo pressionam o Ibama para a liberação de exploração de petróleo na Amazônia
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play

No Ar: Pampa Na Tarde