Segunda-feira, 29 de Abril de 2024

Home Geral Polícia Federal tem provas que confirmam depoimentos de ex-comandantes sobre tentativa de golpe, dizem fontes

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Integrantes da Polícia Federal (PF) afirmam, sob reserva, que a investigação encontrou provas que confirmam os depoimentos dos ex-comandantes do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, brigadeiro do ar Carlos Baptista Junior.

Eles apresentaram detalhes de reuniões envolvendo os ex-comandantes das três Forças Armadas e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para discutir termos para uma suposta tentativa de golpe.

Os ex-chefes do Exército e da Aeronáutica prestaram depoimento na condição de testemunhas e, por essa razão, não precisaram entregar celulares ou computadores para serem periciados – como aconteceu com outros interrogados que foram alvos de mandatos de busca e apreensão.

Entretanto, fontes ligadas à investigação afirmam que as revelações feitas pelos militares são corroboradas por provas produzidas pela investigação, como arquivos extraído de celulares e computadores apreendidos na Operação Tempo da Verdade, a delação do ex-ajudante de ordens da presidência, tenente-coronel Mauro Cid e uma série dados colhidos e cruzados na apuração.

Por isso, a Polícia Federal descarta, no momento, novos depoimentos de investigados que já foram convocados, mas optaram por permanecer em silêncio.

Na última segunda-feira (18), a defesa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ele possa prestar um novo depoimento e ainda aventou a possibilidade de uma acareação entre Torres e os ex-comandantes.

O ex-ministro é apontado como um “consultor jurídico” das minutas golpistas. No pedido à Corte, obtido pela CNN, a defesa alega que um novo depoimento é necessário para esclarecer as falas dos ex-comandantes à PF.

Já o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, contestou a interlocutores a versão de que ele teria colocado tropas à disposição de um plano de golpe ou que participou de reuniões sobre documentos com termos golpistas.

Garnier tem dito a interlocutores que são inverídicas as versões apresentadas pelo ex-comandante do Exército general, Freire Gomes, e pelo ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Baptista Junior, nos depoimentos dados a Polícia Federal na investigação da trama golpista.

O general e o brigadeiro disseram à PF que o então presidente Jair Bolsonaro apresentou minuta de decreto para um estado de sítio. Mas que a ideia teria sido contestada por eles. Garnier teria sido o único a se colocar “à disposição do presidente” para a empreitada, segundo os militares.

A interlocutores, Garnier afirma, no entanto, nunca ter visto tal ato nem recebido ordem alguma de Bolsonaro nesse sentido.

Há uma avaliação no seu entorno de que os depoimentos de ambos são de interessados diretamente em o implicar para evitar uma condenação futura, uma vez que os dois poderiam ter agido de alguma forma para além de rejeitarem a ideia de acatarem a minuta. As informações são da CNN.

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