Quarta-feira, 18 de Junho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 3 de novembro de 2021
Em um dos primeiros inquéritos abertos a partir de fatos apurados pela CPI da Covid no Senado, a Polícia Federal (PF) identificou indícios de falsidade ideológica, uso de documentos falsos e associação criminosa por parte de funcionários da Precisa Medicamentos que participaram das negociações com o Ministério da Saúde para a venda da vacina indiana Covaxin, a mais cara negociada pelo governo brasileiro durante a pandemia.
A transação foi cancelada em agosto, após o contrato ter sido assinado, por determinação da Controladoria-Geral da União (CGU), que também encontrou indicativos de irregularidades.
Além disso, a PF detectou indícios de lavagem de dinheiro por parte dos responsáveis pelo FIB Bank, uma empresa que deu a garantia financeira para a assinatura do contrato, embora não tivesse autorização do Banco Central para conceder esse tipo de chancela.
Foi com base nesses elementos que a PF cumpriu busca e apreensão na semana passada em endereços de Francisco Emerson Maximiano, sócio da Precisa, e de outros personagens envolvidos no negócio.
Na decisão que autorizou a operação, a juíza da 12ª Vara Federal do Distrito Federal, Pollyanna Kelly, resumiu os argumentos apresentados pela PF. “O contrato firmado entre a empresa e o Ministério da Saúde é eivado de vício, atribuído, possivelmente, à malícia dos representantes da Precisa Medicamentos”, diz na decisão.
Aprovação
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou nesta quarta-feira (3) o uso emergencial da Covaxin, vacina indiana contra a covid-19, produzida pela Bharat Biotech. O imunizante não é usado no Brasil.
Segundo a OMS, a Covaxin é recomendada para os maiores de 18 anos, com um intervalo entre doses de quatro semanas. Ela não é recomendada para grávidas.
“O Grupo Técnico Consultivo, convocado pela OMS e composto por especialistas em regulamentação de todo o mundo, determinou que a vacina Covaxin atende aos padrões da OMS para proteção contra a covid-19. O benefício da vacina supera os riscos e ela pode ser usada”, disse a entidade.
No comunicado, a OMS informou que a Covaxin tem eficácia de 78% contra a covid-19, em todos os estágios (de leve a grave), 14 dias ou mais após a segunda dose. Também disse que a vacina é facilmente armazenada, requisito importante para países de baixa e média renda.
A Covaxin é baseada em vírus inativado. Essa técnica utiliza vírus que foram expostos em laboratório a calor e a produtos químicos para não serem capazes de se reproduzir. Ela é administrada em duas doses.
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