Segunda-feira, 14 de Outubro de 2024

Home Mundo Portugal tem segunda agressão a brasileiros em 15 dias

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Trabalhador do setor da construção civil na zona turística do Algarve, em Portugal, o brasileiro Douglas Rosa foi agredido em uma discoteca de Faro, capital da região. Ele foi submetido à cirurgia plástica no dia 9 de agosto, em Lisboa.

Foi a segunda agressão sofrida por brasileiros em discotecas de Portugal em 15 dias. O carioca Jefferson Terra Pinto, de 33 anos, morreu após ser espancado em uma briga na saída de uma boate em Lisboa no último dia 24.

Ao lado do venezuelano Juan López, o baiano Douglas e a mulher, Gislene Rosa, foram comemorar o aniversário de uma amiga venezuelana na discoteca Call In na madrugada de domingo. O casal vive há três em Portugal.

Segundo informou Gislene, os seguranças teriam sido xenófobos desde a entrada do grupo de imigrantes. A ajudante de cozinha coletou relatos na internet de denúncias de discriminação feitos por seguranças do local ao longo dos anos e contou ter encaminhado à delegacia onde prestou queixa.

“Houve xenofobia desde o momento em que começamos a cantar nossas músicas latinas. Outros grupos estavam dançando e cantando, mas só pediram para a gente se calar, em tom agressivo e grosseiro, porque estávamos fazendo barulho. Não entendemos, porque pagamos para dançar e cantar”, contou Gislene, que pediu ao DJ para tocar músicas brasileiras.

Um dos amigos teria ido conversar com os seguranças, de acordo com Gislene. Logo depois, os homens do grupo começaram a ser retirados da discoteca.

“Foram todos os homens colocados para fora à força e aos pontapés. Lá fora, deram uma paulada na cabeça do meu esposo, que desmaiou. Mesmo assim, continuaram golpeando com chutes e pauladas nas costas, rosto e cabeça”, disse Gislene, que enviou fotos do marido ferido e deitado na calçada.

Juan López também passou por cirurgia no rosto.

Em nota, a Call In informou: “Houve troca de agressões em frente à Call In envolvendo cidadãos alheios à empresa. Estamos à procura da melhor solução para o ocorrido. Sempre recebemos pessoas de todos os gêneros e nacionalidades, com funcionários qualificados e preparados para oferecer o melhor serviço. Não nos identificamos com comportamentos preconceituosos e estamos sempre a combater tais atitudes. Estamos a colaborar com as autoridades no sentido de atribuir responsabilidades. Lamentamos que este tipo de episódios ainda aconteçam”.

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