Terça-feira, 11 de Novembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 2 de setembro de 2023
A cantora Preta Gil, de 49 anos, precisou voltar a usar sonda no nariz após sofrer uma obstrução intestinal. Ela foi internada no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, depois de passar por uma cirurgia da retirada do tumor em seu intestino.
Em seu Instagram, Preta publicou um vídeo em que já aparece com o aparelho nasal instalado. “Bom dia, viram que a sondinha voltou né? Pois é, vou fazer um vídeo mais tarde explicando. Mas quando falo sobre reabilitação, é sobre isso, sobre o corpo, organismo, se acostumar com o novo”, iniciou.
“Como a gente tem a bolsinha de ileostomia, o trânsito foi todo desviado. Acontece que eu tive uma obstrução intestinal, que me deu como se fosse uma prisão de ventre. As fezes não foram para a bolsinha, ficaram acumuladas, e isso me deu enjoo, vômito”, acrescentou a artista.
Na sequência, a filha de Gilberto Gil revelou que estava prestes a realizar uma tomografia e que depois daria mais detalhes sobre seu quadro de saúde. “Para drenar melhor o estômago, o líquido, voltou a sonda nasogástrica. E é isso, estou indo fazer uma tomografia, e já volto. Acho que expliquei direito, bora que bora, um dia de cada vez”, finalizou.
Na noite de sexta-feira (1°), Preta Gil recebeu a visita da amiga Ivete Sangalo. A cantora baiana foi levar um pouco de axé para a filha de Gilberto Gil, que seguia está internada. Elas posaram juntas e foi possível ver que Preta continuava usando a sonda nasal.
Causas e os riscos
A obstrução intestinal é caracterizada como a interrupção do funcionamento normal do intestino devido a um bloqueio que impede a passagem de fezes e gases pelo órgão. As causas são diversas, incluindo tumores, inflamação, verminoses e efeitos de cirurgias. Entre os sintomas estão inchaço e dor abdominal, náuseas e vômitos, dificuldade e dor para evacuar.
Segundo o gastroenterologista André Augusto Pinto, cirurgião geral e bariátrico da Clínica Gastro ABC, a obstrução intestinal pode ser causada por uma série de fatores. Um deles é o desenvolvimento de câncer no órgão e na região abdominal. O crescimento de um tumor pode comprimir a parede intestinal e levar ao bloqueio.
O especialista explica que pacientes com histórico de cirurgias no intestino também têm mais chances de apresentar obstrução. Procedimentos cirúrgicos podem levar à formação de aderências, que são acúmulos no tecido entre as alças do intestino.
“Quando você faz uma cirurgia, tira um pedaço do intestino, junta um pedaço com o outro, é um procedimento agressivo. Uma alça do intestino pode se juntar à outra, o que pode fazer com que o órgão não consiga contrair normalmente, levando à obstrução”, explica.
Outras condições que podem levar à obstrução intestinal são as doenças inflamatórias, como a diverticulite e a doença de Crohn, doenças parasitárias como as verminoses, além de hérnias e paralisias dos movimentos intestinais.
Saúde
A artista recebeu o diagnóstico do câncer colorretal em janeiro deste ano. Em março, a cantora sofreu uma septicemia, fruto de uma infecção pelo cateter da quimioterapia, em que passou por quatro horas de perda de consciência, reanimação e 20 dias de UTI.
Já no dia 13 de agosto, a artista deu entrada no Hospital Sírio-Libanês, onde se submeteu a uma série de exames pré-operatórios para o procedimento cirúrgico realizado no último dia 16.
No dia 20, a cantora se pronunciou pela primeira vez após a cirurgia — que teve 14 horas de duração –, e que exigiu uma histerectomia total abdominal, a remoção do útero.
“Oi, meus amores. Estou aqui me recuperando de uma cirurgia extensa e complexa de mais de 14 horas, onde foi realizada a retirada do tumor, como também foi necessário fazer uma histerectomia total abdominal. Estou sendo bem cuidada pelos médicos. Um agradecimento especial para toda equipe guerreira. Agora é um dia de cada vez!!! Hoje já consegui sentar e sigo aqui lutando. Já Deus tudo certo”, escreveu ela no Instagram.
Na terça-feira (22), a cantora afirmou que a retirada do tumor foi um sucesso e que seu corpo está totalmente livre de células cancerígenas.
Apesar da total remoção do tumor, a filha de Gilberto Gil revelou que ainda precisa passar por outros processos antes de se curar definitivamente da doença.
“A cirurgia foi um sucesso, a gente teve remoção total do tumor com margem, e isso quer dizer que: no momento, meu corpo está livre dessas células [cancerígenas]. Mas, a cura, o processo, ainda envolve reabilitação que eu tenho que fazer para o funcionamento do meu esfíncter, por exemplo”, disse a cantora, que precisará usar uma bolsa de colostomia provisória pelos próximos três meses. As informações são da CNN.