Terça-feira, 30 de Abril de 2024

Home Brasil Primeiro brasileiro diagnosticado com varíola dos macacos recebe alta hospitalar

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O primeiro brasileiro diagnosticado com varíola dos macacos recebeu alta médica e deixou o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo (SP), na manhã desta segunda-feira (20), após 14 dias de isolamento. Anderson Ribeiro tem 41 anos.

“Estou me sentido muito bem. Farei, futuramente, um retorno de acompanhamento.”

Ele teve os primeiros sintomas da doença no final de maio, quando retornou ao Brasil após uma viagem à Europa. Anderson e a mãe tinham viajado para Portugal e Espanha.

O diagnóstico de Anderson foi confirmado pelo Instituto Adolfo Lutz em 9 de junho. Atualmente, o Brasil registra oito casos confirmados da doença, sendo que quatro estão no Estado de São Paulo.

“Minha viagem foi por um motivo tão lindo, que era levar minha mãe para conhecer a Europa e comemorar o aniversário dela lá. Ela amou”, relata.

A mãe dele está bem, sendo monitorada, assim como todas as pessoas que tiveram contato com o paciente.

“As pessoas com quem eu tive contato não tiveram o vírus e isso é maravilhoso. Meu isolamento protegeu muitas pessoas. Isso é importante.”

Anderson contou que todas as feridas já cicatrizaram.

“O tempo era necessário para as feridas secarem, e quando a gente se cuida e toma as atitudes corretas frente a uma doença contagiosa, esse autocuidado protege os outros. Ficar isolado não é bom, mas foi necessário e isso me ajudou a passar esses dias.”

Ele disse que, agora, só quer ver a mãe, os gatos e os amigos.

“Estou cheio de saudades da minha mãe e dos meus amigos. Mesmo falando por videochamada todos os dias, nada substitui um abraço.”

Anderson disse também que vai voltar ao trabalho. “Voltar à minha rotina de trabalho e projetos que ficaram parados. Tive muito tempo para pensar e perceber como a correria do dia a dia faz a gente esquecer de coisas importantes. Mudanças na rotina acontecerão com certeza”, concluiu.

Doença

A varíola dos macacos é uma doença viral, e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados.

A doença causa erupções que geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo. A erupção cutânea passa por diferentes estágios e pode se parecer com varicela ou sífilis, antes de finalmente formar uma crosta, com posterior cicatrização.

Quando a crosta desaparece, a pessoa deixa de infectar outras pessoas. O período de incubação é de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.

O diagnóstico da doença é realizado de forma laboratorial, por teste molecular ou sequenciamento genético. O teste deve ser realizado em todos os pacientes que forem enquadrados na definição de caso suspeito.

Para evitar que haja um estigma e ações contra os Primatas Não Humanos (macacos), o Ministério da Saúde optou e orienta por não denominar a doença no Brasil como varíola dos macacos. Embora tenha sido identificado originalmente em animais desse gênero, o surto atual não tem relação com ele.

Apesar do estrangeirismo, uma tentativa de solucionar a situação foi a de usar a denominação dada pela Organização Mundial da Saúde (OMS): Monkeypox. Segundo a pasta do governo federal, isso tem o intuito de evitar desvio dos focos de vigilância e ações contra os animais.

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