Quinta-feira, 05 de Dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 13 de junho de 2022
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira (13) que a privatização da Petrobras tem um “apoio popular muito grande” e que o governo apresentou uma “proposta inicial” para a desestatização da empresa, mas que não irá acelerar o processo.
“Quando se fala em privatizar, qualquer empresa demora anos. A Petrobras, se você fala em privatizar, leva no mínimo quatro anos. A gente apresentou uma proposta inicial, não vamos botar o pé no acelerador”, disse em entrevista.
Segundo o presidente, a venda da estatal tem um “apoio popular muito grande” que “até há pouco tempo” não existia. Ele voltou a criticar o lucro da empresa. Em maio, a petroleira declarou seu terceiro maior lucro trimestral da história, de R$ 44,5 bilhões. “O povo está vendo que a Petrobras só visa lucro. Nada mais além disso”, afirmou.
Em relação aos planos de privatização, o novo ministro de Minas Energia, Adolfo Sachsida, afirmou em maio, ao assumir o cargo, que pediria ao ministro Paulo Guedes (Economia) a inclusão do tema no Programa Nacional de Desestatização, como primeira medida de sua gestão. Sachsida também prometeu estudos para viabilizar a venda da estatal.
Bolsonaro citou prejuízos causados pela empresa ― com obras iniciadas e não concluídas em três refinarias que geraram um endividamento ao governo que acima de “R$ 100 bilhões” ― como justificativa para que seja vendida. Segundo ele, a Petrobras foi “assaltada entre 2003 e 2016”.
“Quando se fala em privatizar a Petrobras, é que ela, de acordo com quem está na frente, é uma empresa que realmente dá prejuízo para todos nós. No ano passado, o meu governo pagou R$ 100 bilhões dessa dívida da Petrobras. Nós temos que pagar. E alguns falam que não houve roubo”, afirmou.
De acordo com o presidente, a devolução de R$ 6 bilhões por delatores investigados em esquemas de corrupção mostra que houve “roubo” na estatal. “Só para o governo americano a Petrobras pagou no ano passado R$ 3 bilhões, tendo em vistas interferências no preço do combustível, a má gestão aqui. E a Petrobras tem a responsabilidade”, disse.
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