Terça-feira, 21 de Outubro de 2025

Home Política PSD acerta com Lula apoio à PEC da Transição e garante mais de 60% dos votos no Congresso

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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promoveu nesta terça-feira (29) uma reunião com senadores e deputados do PSD, que acertaram o apoio do partido à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. O líder da sigla na Câmara, Antonio Brito (PSD-BA), garantiu que as bancadas darão ao texto defendido pelo novo governo mais de 60% dos votos de que dispõem nas duas Casas do Congresso. Os parlamentares disseram que os arranjos políticos foram “avalizados” pelo presidente do PSD, o ex-ministro Gilberto Kassab.

Além de selar o apoio à PEC da Transição, as bancadas do PSD na Câmara e no Senado foram ao encontro de Lula para ter uma conversa “preliminar” sobre a construção de uma base de apoio mais sólida ao futuro governo. Lula também conversou com parlamentares do MDB na segunda-feira, 28, e do União Brasil nesta terça para dar início à formação da base aliada no Congresso.

Gleisi Hoffmann e Jacques Wagner

A reunião desta terça-feira foi conduzidas por Lula no hotel em que está hospedado na capital federal. No flanco petista, também participaram das negociações a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o senado Jacques Wagner (PT-BA). O senador Otto Alencar (PSD-BA) disse que a ida dos parlamentares ao encontro não se tratou de uma “iniciativa de participação no governo”.

Segundo ele, o presidente do partido, Gilberto Kassab, teria aderido à posição “de que o PSD deve ir para a base de sustentação do governo” e compor com Lula para “colaborar com a governabilidade”. Outros senadores do PSD a participar da reunião foram Omar Aziz (PSD-AM), Alexandre Silveira (PSD-MG), Sérgio Petecão (PSD-AC)e Irajá (PSD-TO). O governador eleito de Sergipe, Fabio Mitidieri, também esteve no encontro.

“Nós estamos dispostos a participar (da base do governo), já tivemos reuniões preliminares, No Senado, a maioria já votou com Lula. Nós somos 11 senadores, sete votaram com Lula. Na Câmara, segundo o líder Antônio Brito, dos 42 deputados a maior parte – uns 30 – (devem apoiar o presidente eleito).”

“Eu, que apoio o Lula desde 2010, falo que não há nenhuma iniciativa nossa em apoiar por queremos estrutura. É apoiar para se dar uma condição de governabilidade”, afirmou o senador. “O Gilberto Kassab tem essa posição também, de que o PSD deve ir para a base de sustentação do governo”, completou.

Ministérios

Diferentemente do que disse Alencar, o PSD de Kassab trabalha nos bastidores da transição para ocupar de um a dois ministérios no futuro governo Lula em troca de apoio no Congresso. O partido contará com a segunda maior bancada do Senado em 2023, com 11 senadores. Na Câmara, os social-democratas terão 42 deputados a partir do ano que vem, o que faz da sigla uma das mais cobiçadas pelos petistas.

Os parlamentares do PSD ainda não têm consenso sobre o período pelo qual o Bolsa Família poderá ficar fora do teto de gastos. Em reunião da bancada do Senado na semana passada, os parlamentares do partido fecharam questão quanto a aprovação da PEC, mas sem definir o prazo.

Os senadores Alexandre Padilha (PSD-MG) e Otto Alencar, por exemplo, são defensores de que o programa social seja removido da âncora fiscal por quatros, como consta no texto da PEC protocolada ontem, 28, pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI). Outros nomes do partido divergem entre prazos de um a dois anos.

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