Quinta-feira, 25 de Abril de 2024

Home em foco Putin reagem a Biden e assina decreto de emergência para proibir exportações

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou nesta terça-feira (8), um decreto de “medidas especiais” para salvaguardar a economia do país, no qual autoriza o governo a proibir as exportações de produtos e matérias-primas.

O objetivo do decreto é “garantir a segurança da Federação Russa e a operação ininterrupta da indústria” e estará em vigor até 31 de dezembro de 2022, segundo agências de notícias russas.

O decreto proíbe “exportar para fora da Federação Russa” produtos e/ou matérias-primas, que serão especificados em lista aprovada pelo governo russo nos próximos dois dias. As medidas não serão aplicadas a “produtos e/ou matérias-primas exportadas da Rússia e/ou importadas para o país por cidadãos da Federação Russa, cidadãos estrangeiros e apátridas para uso pessoal”.

Com este decreto, o presidente russo confere ao Executivo “a autoridade para determinar os detalhes da aplicação das medidas planejadas” tanto para produtos ou matérias-primas quanto para pessoas físicas ou jurídicas. O governo determinará em dois dias as listas de países estrangeiros onde será proibida a importação de determinados produtos e matérias-primas.

O anúncio deste decreto ocorre depois que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que seu país proibirá as importações americanas de “petróleo, gás e energia” da Rússia devido à invasão da Ucrânia.

Também nesta terça, o vice-primeiro-ministro russo Alexander Novak disse que a Rússia tem todo o direito de tomar medidas se forem impostas sanções às suas exportações de energia, como a imposição de um embargo ao gás que chega à Europa através do gasoduto Nord Stream 1.

Novak salientou que com sanções mútuas ao gás “ninguém ganha” (…), “apesar de os políticos europeus, com suas reivindicações e acusações, estarem nos empurrando para isso”.

A Rússia é um grande produtor de gás, petróleo, metais e grãos. Mas muitas dessas matérias-primas já não estão sendo exportador porque grandes transportadores marítimos deixaram de operar no país.

A expectativa de uma nova rodada de sanções levou a cotação do petróleo a disparar pela manhã desta terça. O barril do tipo Brent chegou a superar US$ 130, mas no fim da tarde era negociada a US$ 128,46, em alta de 5,25%.

Até agora, EUA e aliados haviam poupado o setor de energia nas sanções impostas à Rússia pelo Ocidente, pois a Europa é muito dependente do gás russo — sobretudo a Alemanha.

EUA e União Europeia chegaram a discutir um embargo conjunto, mas não chegaram a um consenso. Os EUA, então, decidiram seguir sozinhos com a decisão. Logo depois, no início da tarde, o Reino Unido anunciou que irá eliminar, gradativamente, até o fim deste ano, as importações de petróleo e derivados da Rússia, que representam 8% da demanda do país.

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