Domingo, 19 de Maio de 2024

Home em foco Quem é Jorge Guaranho, apoiador de Bolsonaro que matou petista em Foz do Iguaçu

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O agente penitenciário federal Jorge Jose da Rocha Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro que, segundo a Polícia Civil, matou o guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Aloizio de Arruda, se define em seu texto de apresentação no Twitter como policial penal federal, conservador e cristão. Também diz que armas são sinônimo de defesa.

Marcelo Arruda morreu na madrugada deste domingo (10) depois de ter sido baleado por Guaranho na própria festa de aniversário, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. O guarda municipal chegou a ser levado ao Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos. Ele deixa a esposa e quatro filhos.

De acordo com o boletim de ocorrência do caso, Guaranho chegou ao local de carro, acompanhado por uma mulher e um bebê. Em postagens recentes no Facebook, o policial penal mostra um recém-nascido, que os amigos na rede social identificam como sendo filho dele.

Também segundo o Boletim de ocorrência, o policial penal desceu do carro, armado, gritando: “Aqui é Bolsonaro!”. Conforme relatos de quem estava presente, foi pedido que Guaranho deixasse o local e ele avisou que voltaria. Arruda então foi até seu carro e pegou sua arma. Cerca de 20 minutos depois, Guaranho voltou e atirou em Arruda, que conseguiu revidar e atirar nele também. O aniversariante morreu enquanto Guaranho foi encaminhado ao hospital em estado grave.

Nas redes sociais, as publicações de Guaranho tratam principalmente de apoio ao presidente ou a aliados de Jair Bolsonaro. Eventualmente, o policial, que torce para o Vasco da Gama, posta também sobre futebol.

Desde 2018 é possível ver posts de apoio a Bolsonaro, que disputava, então, as eleições para presidente. Em 19 de outubro de 2018, Guaranho postou “eu sou o caixa 2 de Bolsonaro”. Em uma publicação junho de 2021, Guaranho aparece ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro, um dos filhos do presidente.

Guaranho também se mostrou favorável ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. “Orgulho do cacete desse presidente! China deveria ser condenada a pagar os gastos de todos os países que sofreram nesta crise. Assim como países que começaram guerras!”, escreveu ao comentar uma notícia de Trump iria suspender repasses para a OMS no auge da pandemia.

Segundo a Polícia Civil, Guaranho também era um dos diretores da associação onde o crime aconteceu. A presidência da associação informou que o atirador ocupava o cargo de secretário na diretoria da entidade., que disputava, então, as eleições para presidente. Em 19 de outubro de 2018, Guaranho postou “eu sou o caixa 2 de Bolsonaro”.

Em 25 abril de 2020, Guaranho postou uma foto de Bolsonaro com os dizeres: “eu era 100% Bolsonaro, mas depois de hoje decidi ser 200%”. Em 16 de agosto de 2020, Guaranho postou uma foto sua com os dizeres embaixo: “é melhor Jair [Bolsonaro] se acostumando”, em referência a frase que ficou famoso entre apoiadores do presidente.

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