Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 14 de outubro de 2022
O mistério que cerca o assassinato de 539 anos de “Os Príncipes da Torre” pode ser resolvido em breve, após o rei Charles III manifestar apoio a uma investigação com análise de DNA sobre as mortes. Diz-se que o novo monarca, que é entusiasta da arqueologia e estudou em Cambridge na juventude, apoia testes de corpos que se acredita serem os dos príncipes Eduardo IV e Ricardo, de 12 e 9 anos.
A história diz que Eduardo, que estava prestes a se tornar rei após a morte do seu pai, e seu irmão mais novo, foram trancados na Torre de Londres em 1483 por seu tio que, em vez disso, reivindicaria a coroa – como Ricardo III – para si mesmo. Os dois irmãos, que na prisão foram declarados herdeiros ilegítimos por Ricardo, então duque de Gloucester, nunca mais foram vistos vivos. Reza a lenda que os dois foram assassinados a pedido de Ricardo, para evitar qualquer risco ao seu reinado.
A teoria, popularizada por William Shakespeare em sua peça “Ricardo III”, escrita entre 1592 e 1593, tornou-se uma teoria comum, embora alguns historiadores sugiram que a história seja simplesmente uma peça de propaganda espalhada após a sua morte para manchar o seu legado. Mas sem relatos em primeira mão ou evidências de DNA, o desaparecimento dos irmãos permanece um mistério.
Ricardo III
Um estudo recente na Universidade de Huddersfield (Inglaterra) reforça as alegações de que o rei Ricardo III foi um grande vilão e ordenou a execução dos filhos de seu irmão mais velho, em uma disputa pelo trono da monarquia britânica. O historiador Tim Thornton apresentou estudo em que revela que dois dos famosos cortesãos políticos e filósofos da época eram filhos de Miles Forest, um dos homens mais cotados como assassinos dos príncipes. O crime e o nome de Forest também foram associados a James Tyrell, um empregado de Ricardo III.
Durante anos, especialistas e fanáticos por História quiseram fazer testes nos corpos de quatro crianças, duas encontradas na Torre de Londres em 1600 e duas nos terrenos do Castelo de Windsor em 1700, que alguns sugeriram que poderiam ser os dos príncipes.
Elizabeth bloqueou
Como os corpos agora estão enterrados em criptas reais, os especialistas precisam de permissão do monarca para realizar os testes. De acordo com Tracy Borman – curadora-chefe conjunta dos Palácios Reais Históricos, que administra alguns de nossos palácios reais desocupados – a falecida rainha Elizabeth II bloqueou qualquer investigação desse tipo. No entanto, Charles “tem uma visão muito diferente” e diz-se que apoia o teste de DNA, de acordo com Tracy, citada pelo “Daily Mail”.
“Ele disse que gostaria que uma investigação fosse em frente, para que possamos determinar, de uma vez por todas, como os jovens membros da realeza morreram”, acrescentou ela em festival literário.
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