Segunda-feira, 14 de Outubro de 2024

Home Brasil Rio Negro, na região amazônica, registra o menor nível de água em 121 anos

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Nesta segunda-feira (16), o Rio Negro, na região amazônica, registrou o nível mais baixo de toda a sua história contabilizada. Segundo dados do Porto de Manaus (AM), o rio, que é o sétimo maior do mundo em volume de água, estava com uma vazante de somente 13,59 metros. Esse é o menor registro desde 1902, quando as medições começaram a ser realizadas.

A seca deste ano já é a pior da história em Manaus. No dia 24 de outubro de 2010 o rio chegou a descer para 13,63 metros. Na época, foi considerada a seca mais severa desde que as medições hidrológicas foram instaladas no Rio Negro.

Entretanto, 13 anos depois, as águas continuam baixando, uma média de 13 centímetros por dia, conforme o Porto de Manaus. Com a marca histórica, o Rio Negro atinge a maior seca em 121 anos. No final de setembro, o Serviço Geológico do Brasil (CRPM) emitiu um relatório em que apontou que o ápice da estiagem só deveria ocorrer nesta segunda quinzena de outubro, o que vai refletir ainda mais no cenário de calamidade da cidade.

O Rio Negro é o maior afluente da margem esquerda do Rio Amazonas, na Amazônia, na América do Sul, banhando três países da América do Sul: Colombia (onde tem suas nascentes), Venezuela e Brasil e percorre cerca de 1.700km.

É o mais extenso rio de águas negras do mundo, e o segundo maior em volume de água — atrás somente do Amazonas, o qual ajuda a formar.

Manaus, assim como quase todos os municípios do estado do Amazonas, vive uma severa crise ambiental. O rio “sumiu” e deu lugar a bancos de areia e pequenos filetes de água. O principal balneário da cidade, a Praia da Ponta Negra, foi fechada. Uma cerca foi montada para impedir a passagem de banhistas.

Além da seca, a cidade precisou fechar escolas nas áreas rurais e sofre prejuízos na navegação de embarcações e com o escoamento de produção do Polo Industrial. A capital amazonense enfrenta uma “onda” de fumaça produzida por queimadas ocorridas na região metropolitana. Na última semana, o ar foi considerado um dos piores do mundo.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou, nesta segunda, R$ 225 milhões para reforçar o atendimento na região. Do total, serão enviados R$ 102,3 milhões em parcela única, enquanto R$ 122,7 milhões serão incorporados ao teto de média e alta complexidade do Amazonas. As cidades de Lábrea, Tabatinga e São Gabriel da Cachoeira vão receber recursos para reforçar a assistência na atenção primária.

“Os três municípios que assinei a portaria complementar foram os quais, em avaliação conjunta envolvendo a associação municipal e prefeituras aqui do estado do Amazonas e também do Conselho de Secretários Municipais de Saúde, se faziam mais necessários recursos para a atenção primária da saúde. Não é fruto de uma ideia de gabinete, é uma análise técnica em diálogo com as instâncias”, explicou Nísia.

Na última semana, o Ministério da Saúde enviou ao Amazonas sete kits calamidade, contendo 32 medicamentos e 16 insumos, com capacidade para atender 10,5 mil pessoas por um período de até 1 mês, além de 71,5 mil unidades de medicamentos para intubação orotraqueal.

 

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