Sexta-feira, 29 de Março de 2024

Home Mundo Rússia já tem 70% dos recursos para invasão na fronteira com Ucrânia, dizem os Estados Unidos

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O presidente russo, Vladimir Putin, já reuniu 70% do pessoal militar e armas nas fronteiras da Ucrânia que ele precisaria para uma invasão em grande escala do país, de acordo com duas autoridades norte-americanas familiarizadas com as estimativas mais recentes.

O número é uma estimativa com base nas últimas avaliações de inteligência, mas as autoridades não especificaram a informação que possuíam ou como desenvolveram suas avaliações, citando a sensibilidade de como coletam os dados.

A avaliação representa o contínuo aumento significativo de forças russas nas fronteiras com a Ucrânia, mas não está claro quanto tempo Putin levaria para aumentar ainda mais esse número, ou se o presidente russo precisaria da plena capacidade para realizar uma invasão.

O custo humano pode ser terrível: algumas avaliações calculam que as baixas civis na Ucrânia podem chegar a dezenas de milhares, com até cinco milhões de refugiados. Autoridades norte-americanas ainda dizem publicamente e em particular que não sabem se Putin tomou uma decisão final sobre qualquer tipo de ação militar. Mas, nos bastidores, as equipes de segurança e inteligência nacional do presidente Joe Biden estão calculando vários cenários e os possíveis resultados.

Em reuniões secretas a portas fechadas para o Congresso, bem como em coletivas de imprensa públicas, autoridades dos Estados Unidos estão tentando traçar uma imagem dos resultados potencialmente terríveis e do risco que Putin representa.

Há um forte desejo entre as autoridades dos Estados Unidos de explicar ao público porque o destino da Ucrânia pode inaugurar uma era de insegurança e desestabilização econômica que pode se espalhar por todo o mundo.

A Rússia continua a adicionar forças na região quase diariamente, segundo estimativas dos Estados Unidos, e em breve poderá ter o suficiente para iniciar uma operação. Dado tudo o que Putin fez, além de sua retórica pública sobre a Ucrânia e a Otan, as autoridades norte-americanas acreditam que ele poderá tomar uma decisão em breve, e pode ser mais provável que ele avance.

Os funcionários enfatizam constantemente que a inteligência que possuem os leva a fazer essas estimativas, mas são apenas estimativas.

Por exemplo, se Putin lançasse todo o seu poderio militar terrestre e aéreo sobre a capital ucraniana, Kiev, a cidade poderia cair em 48 horas. Eles também calculam que o presidente russo poderia decidir por uma operação multifacetada, enviando forças de várias direções por toda a Ucrânia para quebrar rapidamente a capacidade dos militares ucranianos de lutar como uma força coesa, uma estratégia russa que é um movimento militar clássico.

O Pentágono insinuou abertamente o status de potenciais forças de invasão russas. “Putin continua a adicionar forças, armas combinadas, capacidades ofensivas”, disse o secretário de imprensa do Pentágono, John Kirby, no início desta semana.

“Ele não mostrou sinais de estar interessado ou disposto a diminuir as tensões”. Putin não tem apenas forças de infantaria e mísseis, mas centenas de aviões de caça e bombardeiros, bem como helicópteros de ataque, à sua disposição.

“Há um potencial que eles podem lançar com muito pouco aviso”, alertou o presidente do Estado-Maior Conjunto, o general Mark Milley, em uma entrevista coletiva em 28 de janeiro, oferecendo uma avaliação brutal.

“Dado o tipo de forças que estão dispostas… se isso fosse desencadeado na Ucrânia, seria significativo, muito significativo, e resultaria em uma quantidade significativa de baixas”, disse Milley. “Você pode imaginar como seria em áreas urbanas densas, ao longo de estradas e assim por diante. Seria horrível. Seria terrível”.

Com base em cálculos meteorológicos disponíveis publicamente, o momento ideal para uma invasão russa seria enquanto há um congelamento do solo, para que equipamentos pesados ​​possam se mover facilmente. Autoridades dos Estados Unidos disseram que Putin entenderia que ele precisa agir até o final de março.

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