Sábado, 27 de Abril de 2024

Home em foco Rússia proíbe entrada do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e mais 962 americanos

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O governo russo anunciou no sábado (21) que proibiu a entrada de 963 norte-americanos, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, informou a agência Interfax. A lista publicada pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia também veta o acesso ao território russo do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o chefe da CIA, William Burns.

As proibições têm apenas um impacto simbólico, mas foram decretadas em resposta às sanções aplicadas pelo governo americano a Moscou por causa da guerra iniciada no dia 24 de fevereiro na Ucrânia.

Além dos americanos, o governo russo decidiu impedir a entrada de 26 cidadãos canadenses em resposta às medidas anunciadas anteriormente pelo país. A lista de “persona non grata” inclui a esposa do primeiro-ministro Justin Trudeau e comandantes militares seniores.

“Em resposta ao fato de que as autoridades canadenses declararam outra série de sanções contra Moscou, que incluíam não apenas representantes da administração estatal, mas também funcionários dos círculos militares e comerciais, bem como seus parentes próximos, a Rússia fecha definitivamente a entrada para a categoria semelhante de representantes canadenses”, declarou a chancelaria russa.

Desde o início da guerra na Ucrânia, a Rússia já vetou a entrada de várias autoridades do Japão, incluindo o primeiro-ministro Fumio Kishida, e de mais de 287 deputados britânicos, além do premiê Boris Johnson.

Bloqueio e fome

Em meio a preocupações com a falta de alimentos no mundo por causa da guerra na Ucrânia, a Rússia afirmou nesta semana que está condicionando a abertura dos portos do Mar Negro à suspensão das sanções ocidentais. Ao mesmo tempo, a Organização das Nações Unidas (ONU) voltou a alertar que dezenas de milhões de pessoas estão em risco de passar fome por causa do bloqueio russo aos portos ucranianos que impactam no fornecimento global de grãos.

“É preciso não apenas apelar para a Federação Russa, mas também analisar profundamente todo o complexo de razões que causaram a atual crise alimentar e, em primeiro lugar, são as sanções que foram impostas contra a Rússia pelos EUA e pela UE que interferem no livre comércio normal, abrangendo produtos alimentícios, incluindo trigo, fertilizantes e outros”, afirmou o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Andrei Rudenko, citado pela agência Interfax.

O Ministério das Relações Exteriores russo disse que só considerará abrir o acesso aos portos ucranianos do Mar Negro se a remoção das sanções contra a Rússia for considerada. “O Kremlin não impôs restrições. Não precisamos rever nada aqui, as restrições impostas pelos Estados Unidos, países europeus e outros devem ser levantadas. São essas restrições que não nos permitem avançar”, afirmou o porta-voz do governo russo, Dmitri Peskov.

E completou: “De fato, a situação é preocupante. Tudo isso não é culpa nossa, nossos fornecedores estão interessados em manter seus contatos comerciais internacionais, mas, infelizmente, essas sanções foram introduzidas, que estão crescendo em todo o mundo”, disse, citado pela Interfax.

O ministro das relações exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba respondeu às declarações russas. “A Rússia tem total responsabilidade não apenas por matar, torturar e estuprar ucranianos, mas também por pessoas famintas em todo o mundo, inclusive na África”, escreveu no Twitter.

As declarações ocorrem em meio a pedidos da ONU para que a Rússia libere os portos do Mar Negro a fim de evitar o colapso na alimentação global. “A guerra na Ucrânia, além de todas as outras crises globais, ameaça dezenas de milhões de pessoas com insegurança alimentar, desnutrição, fome em massa e fome”, disse o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, no Twitter.

A Ucrânia é um grande exportador de trigo, alimentando bilhões de pessoas com pão, massas e alimentos embalados. Mas os navios de guerra russos impossibilitaram as exportações pelos portos do Mar Negro, como Odessa, no sul da Ucrânia.

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