Quinta-feira, 25 de Abril de 2024

Home em foco Rússia tenta provocar militares da Ucrânia a atacarem, diz a principal autoridade de segurança ucraniana

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A principal autoridade de segurança ucraniana, Oleksiy Danilov, acusou a Rússia de encenar provocações na região leste da Ucrânia para que os militares do país respondam, mas acrescentou que a Ucrânia vai continuar se atendo a maneiras pacíficas para desarmar a crise.

Em um briefing conjunto, a ministra para Integração dos Territórios Temporariamente Ocupados, Iryna Vereshchuk, disse que a Rússia está tentando forçar a Ucrânia a fazer concessões.

Danilov disse que a Ucrânia não tem planos de liberar territórios mantidos por separatistas à força, acrescentando que uma invasão russa em larga escala na Ucrânia é improvável.

Já autoridades separatistas no leste do país disseram nesta sexta que não veem nenhum propósito na realização de conversas de emergência com o governo ucraniano após um aumento expressivo nos bombardeios entre os dois lados, reportou a agência de notícias Interfax.

Separadamente, a agência de notícias RIA citou a auto-proclamada República Popular de Donetsk afirmando que só aceitaria a realização de tais negociações se houver propostas específicas na mesa para discussão.

Maior guerra na Europa

Evidências sugerem que a Rússia está planejando “a maior guerra na Europa desde 1945”, disse o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, em entrevista.

Segundo Johnson, informações de inteligência indicam que a Rússia pretende lançar uma invasão que cercará a capital ucraniana, Kiev.

“As pessoas precisam entender o enorme custo na vida humana que isso pode acarretar”, disse o premiê britânico. Johnson está Munique, na Alemanha, onde os líderes mundiais estão reunidos para uma conferência anual de segurança.

As últimas estimativas do governo dos Estados Unidos sugerem que entre 169 mil e 190 mil soldados russos estão agora estacionados ao longo da fronteira da Ucrânia, tanto na Rússia quanto na vizinha Belarus — mas esse número também inclui rebeldes no leste da Ucrânia.

Johnson também afirmou que o Reino Unido introduziria sanções ainda mais abrangentes contra a Rússia do que as consideradas anteriormente. Ele disse que o Reino Unido e os EUA impedirão as empresas russas de “negociar libras e dólares” — uma medida que, segundo ele, “atingiria muito, muito duramente” com seu impacto.

Questionado se uma invasão russa ainda é iminente, Johnson disse: “Temo que seja para isso que as evidências apontam”. “O fato é que todos os sinais são de que o plano já começou em alguns sentidos.”

Segundo Johnson, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse a líderes ocidentais que informações de inteligência indicam que as forças russas não estavam apenas planejando entrar na Ucrânia a partir do leste, via Donbas, mas também por Belarus e pela área ao redor de Kiev.

“Temo dizer que o plano que estamos vendo é para algo que pode ser realmente a maior guerra na Europa desde 1945 apenas em termos de escala”, disse o primeiro-ministro britânico.

As pessoas precisam considerar não apenas a potencial perda de vidas de ucranianos, mas também de “jovens russos”, acrescentou. Johnson falou após se encontrar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e dizer aos líderes mundiais em um discurso que qualquer invasão da Ucrânia pela Rússia “ecoaria em todo o mundo”.

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