Sábado, 20 de Abril de 2024

Home em foco Rússia vai examinar troca de prisioneiros com a Ucrânia

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A Rússia examinará a possibilidade de trocar prisioneiros com a Ucrânia depois dos julgamentos dos combatentes ucranianos detidos, afirmou o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Andrei Rudenko.

“Vamos analisar tudo isso depois que os que se renderam forem julgados e do anúncio das sentenças”, disse. “Antes, as discussões sobre uma troca são prematuras”, acrescentou.

Na semana passada, os últimos combatentes ucranianos da estratégica cidade de Mariupol, que ficaram entrincheirados durante semanas na grande siderúrgica Azovstal, se renderam.

De acordo com o Ministério da Defesa russo, mais de 4 mil soldados ucranianos foram capturados.

As autoridades ucranianas desejam organizar uma troca de prisioneiros de guerra, mas a Rússia considera que parte deles, que integram o batalhão Azov, são combatentes neonazistas culpados de crimes de guerra, e não militares.

No sábado (21), o deputado e negociador russo Leonid Slutski declarou que Moscou “examinaria” a possibilidade de trocar combatentes do regimento citado por Viktor Medvedchuk, empresário ucraniano próximo ao presidente russo Vladimir Putin. Ele foi detido em meados de abril na Ucrânia.

Rudenko, no entanto, afirmou nesta quarta (25) que a Rússia não considera tal troca. “Não, não vamos analisar isso. Não temos essa informação no Ministério das Relações Exteriores”, disse.

O líder separatista pró-Rússia Denis Puchilin afirmou na terça (24) que a Procuradoria-Geral da república autoproclamada de Donetsk estava trabalhando com Moscou para decidir a composição do tribunal responsável por julgar os prisioneiros ucranianos.

Rudenko afirmou que não tem informações sobre a questão.

Derrotas

A Rússia entrou no terceiro mês da guerra acumulando derrotas e recuos em sua estratégia. Sem conseguir conquistar Kiev ou derrubar o governo ucraniano, Moscou agora intensificou os ataques no leste, pelo controle da cidade de Severodonetsk. Sua ofensiva na região, porém, também enfrenta obstáculos, conforme o tempo passa e o Ocidente envia armas à Ucrânia.

Na terça, os russos realizaram um ataque para cercar as tropas ucranianas em Severodonetsk e Lisichansk, em uma batalha que pode determinar o sucesso ou fracasso da principal campanha de Moscou no leste. Segundo Sergi Gaidai, governador da região de Luhansk – que abriga as duas cidades –, a estratégia é de “terra arrasada” e isolamento completo.

“O inimigo concentrou seus esforços em uma ofensiva para cercar Lisichansk e Severodonetsk. A intensidade do fogo aumentou. Eles estão simplesmente destruindo a cidade”, disse Gaidai, acrescentando que havia cerca de 15 mil pessoas presas no fogo cruzado.

Como a cidade mais oriental ainda sob controle ucraniano, Severodonetsk está exposta à artilharia russa por vários lados. Os bombardeios destruíram vastas áreas da cidade e os civis ficaram sem eletricidade e água corrente.

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