Domingo, 03 de Agosto de 2025

Home Saúde Saiba como detectar a asma em crianças

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Uma nova diretriz mundial da Global Initiative for Asthma (GINA 2025) define critérios objetivos para o diagnóstico de asma em crianças menores de 5 anos. Divulgado em maio, o documento é importante para melhorar o cuidado em casos de sintomas respiratórios frequentes, uma vez que essa faixa etária representa um desafio diagnóstico significativo para pediatras e especialistas em pneumologia.

Até então, pequenos nessa faixa etária com sibilância (chiado) recorrente poderiam ter o diagnóstico de asma sugerido, sem necessariamente ser confirmado. Isso gerava incertezas sobre a melhor abordagem terapêutica, podendo resultar tanto em tratamentos desnecessários quanto em subtratamento de quadros potencialmente graves. “Sempre houve muito cuidado sobre como nomear ou tratar o chiado recorrente em lactantes e pré-escolares, porque nem sempre se trata de asma, podendo ser um quadro transitório da infância”, diz o pneumopediatra Fabio Muchão, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Conforme o novo documento da GINA, o diagnóstico de asma em crianças pequenas deve incluir três critérios principais: episódios recorrentes de chiado no peito ou ao menos um episódio de chiado associado a sintomas semelhantes aos da asma (como tosse desencadeada por atividade física, riso, choro ou durante o sono); ausência de outras doenças que possam explicar esse quadro clínico; e melhora dos sintomas com o uso de medicação específica para asma, como os broncodilatadores. Esses critérios foram definidos com base em evidências clínicas e têm como objetivo padronizar o diagnóstico, evitando diagnósticos precipitados ou atrasados.

Para Muchão, a nova diretriz pode dar mais segurança tanto para os pais quanto para os profissionais da saúde sobre como tratar essas crianças de forma adequada. “Há um certo temor desse diagnóstico, que é infundado, porque a asma bem tratada pode ser controlada”, assegura o especialista.

A asma é uma doença crônica de origem multifatorial, que não tem cura, mas pode ser controlada com tratamento adequado e acompanhamento médico regular. Está relacionada a fatores genéticos, histórico familiar e exposição a gatilhos ambientais. Segundo dados do Ministério da Saúde, a asma afeta cerca de 20% da população brasileira, sendo uma das doenças crônicas mais comuns entre crianças e adolescentes. Entre os principais desencadeantes de crises estão infecções virais, alérgenos (como ácaros e poeira), poluição ambiental e mudanças climáticas bruscas, como ondas de frio ou calor extremo.

A adoção dessas novas diretrizes poderá, portanto, representar um avanço importante na identificação precoce e no manejo eficaz da asma infantil, com impactos positivos para a qualidade de vida das crianças e de suas famílias. (Com informações do jornal O Estado de S. Paulo)

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