Terça-feira, 23 de Abril de 2024

Home em foco Saiba quem é Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação preso pela Polícia Federal

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Preso nesta quarta-feira (22), em Santos (SP) pela Polícia Federal (PF), o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro é acusado de favorecimento de pastores na distribuição de verbas, além de suposta participação em crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.

Ribeiro é advogado, tem formação em Teologia e foi o quarto Ministro escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para chefiar o Ministério da Educação (MEC). Ele se demitiu do cargo do MEC no dia 28 de março, após uma série de denúncias de envolvimento com esquema de corrupção operado por pastores. A demissão aconteceu dez dias após o jornal O Estado de S. Paulo revelar a atuação do gabinete paralelo no ministério.

Atualmente o ex-ministro é pastor efetivo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração, em Santos (SP). À época de sua escolha para chefiar a pasta, entre as características que fizeram com que fosse cotado, estava o “apreço à família e aos valores”, disseram conhecidos e integrantes do governo.

Após o esquema do gabinete paralelo ser revelado, em março, o presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a afirmar que colocaria a “cara no fogo” por Ribeiro. Nesta quarta, após anúncio da prisão do ex-ministro, no entanto, o presidente afirmou que “se a PF prendeu, tem um motivo”.

Ribeiro foi o quarto ministro da Educação a deixar a pasta durante o governo Bolsonaro. Desde 2019, todos os nomeados para o cargo foram protagonistas de controvérsias que acabaram, em maior ou menor medida, desgastando o governo.

O ex-ministro foi denunciado no Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo crime de homofobia em janeiro de 2022. A denúncia foi realizada após o ex-ministro afirmar, em entrevista concedida em 2020, que adolescentes “optam” pelo “homossexualismo” por pertencerem a “famílias desajustadas”.

Em abril deste ano, Ribeiro disparou acidentalmente uma arma de fogo no Aeroporto Internacional de Brasília, atingindo uma funcionária da Gol Linhas Aérea com estilhaços. O ex-ministro infringiu regras da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ao se dirigir ao balcão de uma companhia aérea com uma arma de fogo carregada, conforme apontou à época o gerente do Instituto Sou da Paz, Bruno Langeani, com base em resolução do órgão regulador.

Antes de integrar o governo Bolsonaro, Ribeiro foi vice-reitor do Mackenzie e cuidava de questões acadêmicas na universidade, quando o reitor era o ex-governador de São Paulo Claudio Lembo. Além disso, Ribeiro é especializado também no estudo do Velho Testamento.

Sua indicação ao Ministério da Educação foi atribuída ao ministro-chefe da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira, e ao ministro da Justiça, André Mendonça, também presbiteriano.

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