Quarta-feira, 05 de Novembro de 2025

Home em foco “Se eu mandar munição à Ucrânia, entrei na guerra. Eu quero acabar com a guerra”, disse Lula nos Estados Unidos

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Durante a visita aos Estados Unidos, encerrada nesse sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a invasão da Ucrânia “foi um equívoco da Rússia” e que o governo de Vladimir Putin “não poderia ter feito isso”. Ele defendeu, porém, sua decisão de não enviar munições para as forças de Kiev, como pediu recentemente o chanceler alemão, Olaf Scholz, em visita a Brasília.

Em entrevista à jornalista Christiane Amanpour, da CNN International, o chefe do Executivo brasileiro foi questionado se a Ucrânia não tem o direito de se defender da invasão russa.

“Lógico que ela tem o direito de se defender, até porque a invasão foi um equívoco da Rússia. Ela não poderia ter feito isso. Isso não foi discutido no Conselho de Segurança [da ONU]. O que eu quero é dizer o seguinte: o que tinha de ser feito de errado já foi feito. Agora, é preciso encontrar pessoas para tentar ajudar a consertar”, respondeu o presidente.

Lula também afirmou que se dedicará a “encontrar um caminho para alguém falar em paz”. Na sequência, a jornalista lembrou ao presidente que Olaf Scholz pediu o envio de munição para os tanques de Kiev, sugestão recusada por Lula.

“Eu não quis mandar. Se eu mandar, entrei na guerra”, admitiu. “Se eu mandar as munições que ele está pedindo, entrei na guerra. Eu não quero entrar na guerra, eu quero acabar com a guerra. Esse é o meu compromisso.”

O presidente Lula declarou que trabalhará para construir um caminho para pacificação no cenário global. O pedido de munição de tanques foi feito pelo governo da Alemanha para apoiar a Ucrânia, em guerra com a Rússia.

“Estou comprometido com a democracia. No caso da Ucrânia e da Rússia, é preciso que alguém esteja falando sobre paz. Precisamos falar com o presidente Putin sobre o erro que foi a invasão [do território ucraniano], e devemos falar para a Ucrânia conversar mais. O que quero dizer a Biden é que é necessário um grupo de países pela paz”, disse.

“Agora é preciso encontrar pessoas para tentar ajudar a consertar. E eu, eu sei que o Brasil não tem muita importância no cenário mundial, nessa lógica perversa dos conflitos do mundo. Mas eu posso te dizer que eu vou me dedicar para ver se encontro um caminho para alguém falar em paz”, acrescentou.

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