Segunda-feira, 29 de Abril de 2024

Home em foco Seleção Brasileira: Tempo para trabalhar não é determinante para o sucesso do Brasil em Copas do Mundo

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A provável espera por Carlo Ancelotti até junho de 2024 para comandar a Seleção Brasileira está sendo acompanhada de uma desconfiança: terá o italiano tempo suficiente deixar a equipe em condições de ganhar a Copa do Mundo de 2026?

Com base no passado, as perspectivas são animadoras. A história mostra que ter um técnico durante um ciclo inteiro não é determinante para se ganhar um Mundial.

Em dez das 22 Copas disputadas desde 1930, o treinador da seleção campeã teve menos de quatro anos para preparar o time. E isso inclui todas as cinco conquistas do Brasil.

Se de fato assumir em junho de 2024, Ancelotti terá cerca de dois anos para preparar a seleção para o Mundial – isso, claro, considerando que se classifique. Pode parecer pouco, mas o tempo seria superior ao que tiveram quatro treinadores campeões mundiais com o Brasil.

Em 1970, Zagallo foi anunciado como técnico da equipe brasileira a menos de três meses do início da Copa do México, que consagraria a seleção como um dos melhores times de todos os tempos. Doze anos antes, Vicente Feola teve quatro meses para montar o primeiro time a conquistar um Mundial para o Brasil.

Aymoré Moreira, na campanha do bicampeonato em 1962, e Luiz Felipe Scolari, que chegaria ao penta quarenta anos depois, também não tiveram um longo período para montar suas seleções: foram escolhidos nos anos que antecederam aqueles Mundiais.

Das cinco conquistas até aqui, quem ficou mais tempo à frente do Brasil no período que antecedeu o título foi Carlos Alberto Parreira. Ele assumiu a seleção no final de outubro de 1991. Assim, Parreira teve quase três anos para montar o time que se sagraria tetracampeão do mundo na Copa dos EUA, em 1994.

Frutos do tempo

Quem argumenta ser necessário um ciclo inteiro para montar uma equipe campeã se apega ao histórico recente. Os três últimos campeões do mundo tiveram à frente técnicos que trabalharam no longo prazo.

Joachim Löw passou de auxiliar a técnico da Alemanha campeã de 2014 oito anos antes, em 2006. Didier Deschamps, campeão em 2018 e atual vice, dirige a França desde 2012. E Lionel Scaloni assumiu a Argentina após o Mundial da Rússia e ficou os quatro anos comandando a equipe campeã no Catar.

Mas em 2010 a Espanha conquistou o título com Vicente del Bosque, que assumira apenas dois anos antes. E Marcello Lippi teve os mesmos dois anos, a partir de 2004, para levar a Itália ao tetra em 2006.

O mesmo período deverá ser o que terá Ancelotti se, de fato, confirmar sua vinda para a seleção. Oficialmente, nem o treinador nem a CBF se manifestaram – mas na entidade ninguém mais esconde o otimismo com a contratação.

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