Sábado, 08 de Novembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 1 de agosto de 2022
A senadora Simone Tebet (MDB) confirmou nesta segunda-feira (1º) que terá uma vice mulher em sua chapa na disputa ao Planalto. A afirmação foi feita durante sabatina com empresários da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
“A minha vice será mulher, porque vamos mostrar que nós mulheres somos tão competentes, tão preparadas, ao lado dessa turma de homens que estão aqui nós estaremos juntas por vocês, juntas pelos nossos filhos e companheiros”, disse a senadora.
Antes favorito para compor a chapa com Tebet, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) declinou do convite para compor a chapa à Presidência. Agora, Eliziane Gama (Cidadania-MA) e Mara Gabrilli (PSDB-SP) são cotadas para assumir o posto.
Interlocutores próximos à senadora afirmaram que uma pesquisa qualitativa encomendada pela campanha e para consumo interno indicou que uma mulher na chapa somaria na disputa.
Ao anunciar a escolha por uma mulher, Simone afirmou que essa será, provavelmente, a primeira vez na história da República do Brasil que “nós teremos uma chapa pura para candidata a presidente da República”.
Ao contrário do que disse a senadora, o Brasil já teve duas mulheres compondo uma chapa na disputa presidencial. No entanto, desde a redemocratização nenhum partido com representatividade no Congresso apresentou uma candidatura com duas mulheres, o que acontecerá agora com a chapa de Simone.
No pleito de 2006, o PRP foi às urnas com uma chapa composta pela cientista política Ana Marina Rangel, candidata a presidente, e a advogada Delma Gama, candidata a vice. Na ocasião, elas receberam 0,13% dos votos válidos e, entre as oito candidaturas, terminaram o pleito na quinta colocação. Porém, diferentemente do MDB e do Cidadania, o PRP, à época partido de Rangel e Gama, não possuía nenhum representante na Câmara dos Deputados ou no Senado.
Além disso, a disputa deste ano ainda contará com mais de uma chapa formada por duas mulheres. No último domingo (31), Vera Lúcia (PSTU) anunciou a indígena Kunã Yporã (Raquel Tremembé) (PSTU), da etnia Tremembé, do Maranhão, como vice em sua chapa.
Reforma tributária
Durante a sabatina, Simone afirmou que o Congresso tem condições de aprovar uma reforma tributária nos primeiros seis meses do ano que vem. Segundo ela, “já avançamos 70% no que precisamos de reforma tributária” e há unanimidade dos secretários de fazenda concordando com a proposta.
“Nós temos condições de aprovar a reforma tributária nos próximos seis meses. Isso não é discurso de candidato, porque é uma questão simples: se não aprovarmos reforma tributária nos primeiros seis meses, não vamos aprovar nunca mais”, disse.
Segundo ela, seria possível aprovar a proposta no Senado ainda este ano e, na Câmara, no primeiro semestre do ano que vem. Para isso, ela indicou que os empresários façam um “lobby legítimo” pela reforma no Congresso.
“Comecem o lobby dia 3 de outubro deste ano, porque nós temos uma janela para aprovarmos no Senado neste ano, para aprovar na Câmara nos seis primeiros meses do ano que vem”, afirmou a senadora. “Entrem para dentro do Congresso Nacional, façam o lobby legítimo que é direito dos senhores fazerem, que é pelo bem do Brasil, para aprovar a reforma tributária”, indicou.
Simone classificou a proposta atual como “muito boa” e afirmou que ela foi feita pelos melhores especialistas do Brasil. “Não vamos preocupar com detalhes, por favor. Os detalhes a gente resolve depois. O inimigo do bom é o ótimo”, afirmou a candidata.