Sexta-feira, 29 de Março de 2024

Home Mundo Sobrevivente do Holocausto de 100 anos recebe prêmio em Berlim

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Margot Friedländer, de 10 anos, foi condecorada com o Prêmio Walther Rathenau por sua atuação na política externa alemã. Há mais de 10 anos, ela conta sua história em escolas para evitar que os horrores nazistas sejam esquecidos. A sobrevivente do Holocausto recebeu nesta segunda-feira (4) o prêmio por sua contribuição para esclarecer a perseguição e o extermínio de judeus durante o nazismo.

Na cerimônia em Berlim, o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, honrou a coragem de Friedländer, bem como sua dedicação em compartilhar sua história com os jovens e o compromisso de garantir que os horrores do Holocausto não sejam esquecidos.

Friedländer nasceu e foi criada em Berlim. Ela e sua família foram perseguidos pelos nazistas por serem judeus. Sua mãe e irmão foram assassinados no campo de concentração de Auschwitz. Seu pai também foi morto.

Ela se escondeu em Berlim por 15 meses, mas acabou sendo capturada pelos nazistas e enviada para o campo de concentração de Theresienstadt. Lá conheceu o marido – ambos sobreviveram.

Em 1946, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, o casal mudou-se para os Estados Unidos, onde viveu por décadas. Friedländer ficou viúva em 1997 e, em 2010, aos 88 anos, resolveu retornar a Berlim.

Na Alemanha, Friedländer começou a falar regularmente em escolas e organizações sobre a perseguição nazista e suas experiências durante o Holocausto.

“Não podemos mudar o que aconteceu, mas isso nunca deve acontecer novamente”, disse Friedländer nesta segunda-feira. Ela já foi agraciada com vários prêmios e homenagens estatais. Retratos dela foram pintados, bustos foram lançados, e sua história tem sido contada em exposições, filmes, livros e até em história em quadrinhos. A Fundação Schwarzkopf, criada para capacitar jovens a se engajarem na política, fundou, em 2014, um prêmio anual em sua homenagem.

A jornada de Friedländer em Berlim foi registrada em uma trilogia de documentários feitos por Thomas Halaczinsky, um cineasta alemão que vive em Nova York. Friedländer também escreveu um livro de memórias, intitulado “Tente viver sua vida” (tradução livre).

Na cerimônia, Steinmeier elogiou a coragem de Friedländer – especialmente sua difícil decisão de retornar à Alemanha. “Desde seu retorno, a senhora tem sido incansável em contar sua história de vida, em trabalhar pela democracia e pelos direitos humanos e na luta contra o ódio e todas as formas de antissemitismo e preconceito”, disse.

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