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Por Redação Rádio Pampa | 25 de junho de 2022
O Talibã prometeu neste sábado (25) não prejudicar os esforços internacionais para ajudar as dezenas de milhares de pessoas afetadas pelo terremoto de quarta-feira (22). O terremoto de magnitude 5,9 que atingiu o sudeste do Afeganistão, deixando mais de 1.000 mortos e milhares de desabrigados, representa um teste para o Talibã, que voltou ao poder em agosto.
Antes do terremoto, o Afeganistão já passava por uma profunda crise econômica e humanitária já que a comunidade internacional havia fechado completamente as comportas da ajuda financeira.
No passado, organizações humanitárias acusaram o Talibã de desviar ajuda para áreas onde a população apoiava sua insurreição contra o governo pró-ocidente. Mas Khan Mohamad Ahmad, um alto funcionário talibã da província de Paktika, a mais atingida pelo terremoto, prometeu que não haveria interferência nas operações de agências da ONU e ONGs internacionais.
“Seja o PMA (Programa Alimentar Mundial), o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) ou qualquer outra organização (…), a comunidade internacional ou as Nações Unidas (…), eles mesmos farão a distribuição (da ajuda)”, disse ele. Mas o Talibã estará “sempre com eles” para apoiá-los, enfatizou.
Este terremoto é o mais mortal no Afeganistão em mais de duas décadas. A tragédia representa um desafio logístico significativo para o Talibã, cujo governo não foi reconhecido por nenhum país, principalmente devido à sua política restritiva em relação aos direitos das mulheres.
Apesar de tudo, a comunidade internacional rapidamente se mobilizou após o terremoto. Embora às vezes nem sempre chegue onde as pessoas mais precisam, as operações de resgate são prejudicadas pelo isolamento da região e pelo clima. As chuvas provocaram deslizamentos de terra que atrasaram a entrega de ajuda e danificaram linhas telefônicas e elétricas.
Cidades inteiras foram destruídas. As autoridades estimam que cerca de 10.000 casas, às vezes lotadas com 20 pessoas, foram danificadas.
No Ar: Pampa Na Tarde