Quinta-feira, 25 de Abril de 2024

Home em foco Total global de covid cresce com recorde de infecções nos Estados Unidos e países da Europa

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O recorde de casos diários de coronavírus foi quebrado nesta semana nos Estados Unidos, com a convivência de duas variantes altamente contagiosas — a delta e a ômicron. Com o terceiro ano da pandemia se aproximando, a média móvel de novas infecções no país passou de 265 mil, de acordo com o site Our World in Data, da Universidade de Oxford. As mortes também cresceram, mas a média diária em torno de 1.500 por dia é menor que o recorde de 3.400 registrado em janeiro deste ano.

Na Europa, países como França, Espanha, Portugal, Itália, Reino Unido, Dinamarca e Grécia também registraram recordes consecutivos de novos casos nesta semana, atribuídos ao avanço da ômicron, identificada pela primeira vez na África do Sul, no final de novembro.

A situação na Europa e nos EUA levou o número de novos casos em todo o mundo a passar de 1 milhão pelo segundo dia consecutivo na terça-feira (28), com uma média móvel de sete dias que ultrapassou 900 mil infecções diárias. O recorde mundial anterior ocorreu em abril, com média de 826 mil novos casos diários.

“Estou muito preocupado porque a ômicron, sendo altamente transmissível e se disseminando ao mesmo tempo em que a Delta, está levando a uma tsunami de casos”, disse o diretor da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom. “Isso está exercendo e continuará a exercer uma pressão imensa sobre profissionais de saúde exaustos, e os sistemas de saúde estão à beira de um colapso.”

Nos EUA, o recorde anterior de casos diários foi registrado em 11 de janeiro, quando a média de sete dias era de 251.232 novas infecções, durante um inverno catastrófico muito pior do que o atual, quando mais de 62% dos americanos estão totalmente vacinados. As primeiras evidências indicam que a nova variante causa sintomas mais leves do que anteriores, com doses de reforço ajudando a prevenir formas graves da covid-19 e mortes.

Embora as hospitalizações tenham aumentado nos EUA, com média de mais de 71 mil por dia, elas permanecem em número muito abaixo dos níveis máximos registrados no começo do ano. Mesmo assim, um aumento do número de pacientes ameaça sobrecarregar hospitais, enquanto os próprios profissionais de saúde estão cada vez sendo mais infectados.

A rápida disseminação da nova variante também aumenta a escassez de mão de obra, afetando os setores médicos, farmacêutico e de turismo, entre outros.

Como fizeram os EUA e o Reino Unido no início da semana, Espanha e Itália anunciaram que reduzirão o tempo de isolamento para pessoas vacinadas que tiveram contato com outras infectadas pelo coronavírus ou testaram positivo para a doença e estão com sintomas leves ou assintomáticas, a fim de reduzir o impacto nas atividades econômicas. Na Espanha, o período passará de dez para sete dias, e na Itália de sete para cinco dias.

Apesar do avanço da ômicron, um número considerável de pacientes nos EUA permanece infectado com a variante delta, que é mais mortal.

Em breve a ômicron dominará os EUA e isso pode ser uma boa notícia: um novo estudo realizado por cientistas sul-africanos mostrou que as pessoas que se recuperaram de uma infecção com a nova cepa podem ser capazes de evitar infecções posteriores com a delta.

Sem boates 

Embora os recordes de novos casos também estejam sendo quebrados na Europa, até agora líderes de Reino Unido, França, Espanha e outros países têm resistido à imposição de restrições mais duras e apostam que a alta cobertura vacinal e a aceleração das doses de reforço, junto com as restrições anteriores ainda em vigor, serão suficientes para manter a pandemia administrável.

Na França, o governo anunciou que casas noturnas vão permanecer fechadas por mais três semanas, a partir de 3 de janeiro, depois que o país registrou quase 180 mil novos casos na terça-feira, recorde que foi de novo batido nesta quarta, quando foram registrados 208 mil casos.

Os cerca de 1.600 estabelecimentos do ramo estavam fechados desde 6 de dezembro, inicialmente por um período de quatro semanas que coincidiram com o período do Natal. O ministro do Turismo, Jean-Baptiste Lemoyne, afirmou que as empresas receberão um auxílio para compensar as perdas com o fechamento durante o período de festas.

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