Segunda-feira, 11 de Agosto de 2025

Home Saúde Transplantes de Faustão “não têm nada de irregular”, diz o ministro da Saúde

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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, usou suas redes sociais para rebater insinuações de que o apresentador Fausto Silva, o Faustão, teria sido beneficiado de alguma forma irregular por conta dos transplantes de fígado e de rim aos quais foi submetido na última semana.

Em vídeo publicado na noite de sexta-feira (8), Padilha repercutiu uma postagem do vereador paulistano Rubinho Nunes (União Brasil). “Faustão realizou transplante de fígado e rim. Com esses, já são quatro. Só eu estou achando isso esquisito?”, escreveu Nunes.

Em seguida, o ministro comenta: “O Faustão fez o transplante porque ele já estava na fila de urgência. Casos como o dele são realizados mais rápido, inclusive, por conta disso. Alguns deles, em até 48 horas. Só no ano passado, mais de 100 casos dos transplantes no Brasil pelo SUS, as pessoas fizeram dois ou mais transplantes.”

“Não tem nada de irregular com o que está acontecendo com o Faustão. Respeite o SUS, respeite o Faustão respeite os profissionais de saúde”, encerrou.

A realização de um transplante de órgão no Brasil leva em consideração diversos critérios, entre eles a gravidade do quadro clínico e a compatibilidade entre doador e receptor.

O apresentador Fausto Silva foi extubado, no sábado (9), após passar por um transplante de fígado na quarta-feira e, no dia seguinte, por um retransplante renal. Ele está internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, desde maio.

Segundo sua assessoria de imprensa, o apresentador passa bem, na avaliação dos médicos Fernando Bacal e Arnaldo Cividanes. Nesse domingo (10), ele recebeu a visita dos três filhos, Lara, João e Rodrigo. A esposa, Luciana Cardoso, não estava junto, por estar gripada.

Quem tem prioridade na fila de transplante no Brasil? No Brasil, a fila para transplantes de órgãos é única e engloba pacientes da rede pública e privada. Porém, ela não funciona apenas por ordem de chegada. São levados em conta critérios técnicos, como tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética, além de critérios de gravidade do paciente, distintos para cada órgão.

Tudo é centralizado por meio do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). A cada novo órgão doado, um novo ranking é gerado. O doador, por exemplo, precisa ter o mesmo tipo sanguíneo do paciente que vai ser transplantado. Logo, se o tipo for B, como o de Faustão, todos os que estão na fila que tenham tipos diferentes serão descartados daquele rim.

“Quando os critérios técnicos são semelhantes, a ordem cronológica de cadastro, ou seja, a ordem de chegada, funciona como critério de desempate. Pacientes em estado crítico são atendidos com prioridade, em razão de sua condição clínica”, explica comunicado do Ministério da Saúde.

Além disso, a pasta diz que “algumas situações de extrema gravidade com risco de morte” também são determinantes na organização da fila do transplante. Pacientes que dependem de diálise, por exemplo, recebem prioridade para um novo rim. Aqueles com insuficiência hepática aguda grave, para um novo fígado. E, no geral, indivíduos com rejeição a um órgão recém-transplantado também são colocados no início da fila, o que pode ter sido o caso de Faustão.

Como funciona quando o doador é vivo? Pessoas vivas podem doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Não parentes, só serão doadores com autorização judicial.

Nesse caso, é possível que o parente doe o órgão diretamente para o paciente, sem que ele entre na fila do sistema nacional. No entanto, há critérios técnicos. É necessário que a pessoa doadora manifeste o desejo de forma espontânea e voluntária perante a Justiça, já que a comercialização de órgãos é proibida no Brasil.

Além disso, são realizados exames que devem comprovar a compatibilidade sanguínea e genética do doador com o paciente e certificar que o órgão está em bom funcionamento e que não há doenças que possam ser transmitidas ao receptor.

Esse, porém, não foi o caso de Faustão, já que, segundo o Einstein, os transplantes da última semana foram realizados após o hospital ter sido acionado pela Central de Transplantes do Estado de São Paulo. As informações são dos jornais O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo e O Globo.

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