Domingo, 14 de Setembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 14 de setembro de 2025
O Sistema de Alerta Rápido sobre Drogas (SAR), uma estrutura pertencente ao governo federal, comunicou ter detectado, pela primeira vez, a presença e a circulação de três novas substâncias psicoativas sintéticas em território brasileiro.
Duas dessas drogas estavam contidas em um produto importado e processado, identificado comercialmente como Magic Mushroom Gummies, da empresa TRE Hoouse. A terceira substância identificada foi o N-pirrolidino protonitazeno, classificado como um opioide sintético pertencente à família dos Nitazenos. Essa droga tem sido consumida principalmente na forma de comprimidos.
Segundo informações divulgadas por meio de nota oficial, o Ministério da Justiça e Segurança Pública destacou “a rapidez do trâmite” entre a notificação inicial da substância e sua posterior inclusão na lista de substâncias controladas em âmbito nacional, processo que levou um total de 19 dias.
Ecstasy
A substância conhecida popularmente como ecstasy possui o nome químico de MDMA (3,4-metilenodioximetanfetamina) e costuma ser comercializada em formato de comprimido ou em pó. A introdução do MDMA no Brasil foi registrada em 1995, quando especialistas da área de saúde mental identificaram pacientes que apresentavam reações adversas relacionadas ao uso da droga. Naquela época, reportagens publicadas por veículos de imprensa relataram casos de usuários e incluíram depoimentos de pessoas que fizeram uso da substância.
A primeira síntese do MDMA foi realizada em 1912 pelo químico Anton Köllisch, a serviço da companhia farmacêutica alemã Merck. No entanto, o uso recreativo da substância se popularizou apenas na década de 1980, especialmente em países da Europa e nos Estados Unidos.
“Cocaína rosa”
Apesar da designação, que se deve à aparência pulverulenta e à tonalidade rosada da droga, o produto não possui relação com a cocaína tradicional. Inicialmente, o termo “cocaína rosa” era utilizado para designar uma substância denominada 2C-B — uma droga sintética com propriedades tanto estimulantes quanto alucinógenas, criada nos anos 1970, que produz efeitos semelhantes aos provocados pelo LSD e pelo MDMA.
Contudo, análises mais recentes revelam que, atualmente, as amostras apreendidas sob esse nome raramente contêm 2C-B. O que é comercializado hoje com esse rótulo geralmente é uma combinação de diferentes substâncias, incluindo cetamina (um anestésico de uso clínico), MDMA (ecstasy) e cafeína.
A apreensão que chamou atenção para a disseminação dessa mistura no Brasil ocorreu em 2021, no Distrito Federal, após ação conduzida por investigadores da Coordenação de Repressão às Drogas (CORD). A substância era comercializada por valores elevados, devido à sua escassez, em diversos locais da capital federal. (Com informações do jornal O Globo)