Sexta-feira, 21 de Novembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 20 de novembro de 2025
O desembargador federal Ângelo Roberto Ilha da Silva defendeu que “diante de uma situação de racismo ou de discriminação, nós temos que manter nossa posição firme e resiliente nos ideais democráticos, eu sou imbuído dessa perspectiva”.
Ele falou quarta-feira (19), na inauguração da exposição “Vozes Negras” no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, e contribuiu com um dos depoimentos da exposição. A exposição está aberta para visitação até o dia 19 de dezembro deste ano no Museu do TRF4, localizado no andar térreo do prédio-sede da Corte, em Porto Alegre. Em sua fala, o desembargador federal Ângelo Roberto Ilha da Silva relatou um episódio de discriminação que sofreu quando trabalhava como procurador no Ministério Público Federal:
“Nós que procuramos construir um país fraterno e democrático não podemos nos abalar com as dificuldades eventualmente surgidas, é com essa resiliência que procuro levar minha vida e incentivar as pessoas do meu convívio, especialmente os jovens negros e negras; então persistamos”, concluiu o desembargador.
Projeto “Vozes Negras” teve a participação de nove pessoas que trabalham no TRF4
Ao todo, foram nove pessoas negras que trabalham no TRF4 que participaram do projeto, relatando as suas experiências de vida e falando sobre como enfrentam as questões raciais. São eles:
* Ângelo Roberto Ilha da Silva, desembargador;
* André França Esteves de Andrade, servidor;
* Camila Thomaz Telles, servidora;
* Deborah de Paula Silva, servidora;
* Miguel de Paula Machado, servidor;
* Piérry Morgano Farias Bós, servidor;
* Thatiane Oliveira Sant’Ana Trindade, servidora;
* Álvaro José Palma dos Santos, trabalhador terceirizado;
* Raquel Catarina Rodrigues Fernandes, trabalhadora terceirizada.
Prefeitura de Florianópolis vai se apropriar de imóveis abandonados
O prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), anunciou uma medida extrema para resolver o problema de imóveis abandonados na cidade. Ele assinou um decreto que autoriza a Prefeitura a se apropriar de imóveis particulares que estejam desocupados e abandonados por mais de 180 dias.
“Vamos avaliar a demolição ou aproveitamento para moradias populares ou outros equipamentos para o município, para manter a ordem em Floripa e a segurança de todos. Abandonar um imóvel é um desrespeito com o vizinho e com a comunidade”, afirma Topázio.
Agora, Rumo quer renovar concessão das ferrovias
A Rumo, que vem desmantelando a malha ferroviária do Estado, enviando trilhos para outros Estados, agora propõe renovar por mais 30 anos o contrato que termina em fevereiro de 2027. A empresa apresentou ao Governo Federal proposta para investir R$ 10 bilhões no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O montante permitiria a aquisição de novas locomotivas e vagões, além da troca de trilhos.
Uma norma do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) estabelece que, ao devolver a concessão ferroviária, a empresa deve entregar o trecho nas mesmas condições em que o recebeu, considerando a depreciação natural. Um cálculo preliminar aponta que a Rumo terá de ressarcir a União entre R$ 4 e 5 bilhões. Na proposta de R$ 10 bilhões apresentada ao Ministério dos Transportes, a empresa propõe usar o valor da indenização em novo investimento.
MP aponta envio de equipamentos da Rumo para outros Estados
O Ministério Público Federal (MPF) expediu um ofício de “recomendação” à concessionária Rumo e à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para que seja suspensa imediatamente a retirada de trilhos, máquinas e outras partes da malha gaúcha. Os materiais estão sendo enviados a outros Estados, principalmente Santa Catarina. A iniciativa é do procurador da República em Santo Ângelo, Osmar Veronese, que acompanha o problema das ferrovias gaúchas há mais de duas décadas.
Delegação gaúcha apela a deputado português para derrotar proposta do Brasil que prejudica agricultores
O governo federal do Brasil propôs a medida de proibir a fabricação de cigarros com filtro, informou o embaixador brasileiro à delegação gaúcha que acompanha a Conferência das Partes (COP) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), em Genebra. O deputado estadual Marcus Vinicius (PP), que integra a comitiva, denunciou ontem que “esta medida é danosa aos interesses do Brasil porque vai afastar o interesse das empresas que estão há décadas gerando emprego e renda, e exportando mais de 90% do tabaco plantado em nossa terra”.
Como só existe uma chance de a medida não passar, que é não haver consenso, o deputado Marcus Vinicius disse que será buscada uma solução extrema:
“Como não podemos contar com o voto do Brasil, vamos fazer um apelo a um deputado de Portugal, que está aqui como representante do Parlamento Europeu, e pedir a ele que vote contra a proposta defendida pelo governo brasileiro. Para derrotar a hipocrisia do governo brasileiro, vamos contar com um deputado português para defender os interesses do produtor, da agricultura e da indústria do Brasil”, afirma o deputado Marcus Vinicius. (Por Flávio Pereira – @flaviorrpereira)