Terça-feira, 04 de Novembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 3 de novembro de 2025
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou no domingo (2) acreditar que os dias de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela “estão contados”.
A declaração aconteceu durante uma entrevista à TV americana “CBS”. O trecho da entrevista foi divulgado no perfil do governo dos Estados Unidos no X. A repórter pergunta: “será que os dias de Maduro como presidente estão contados?”. Trump responde que “diria que sim, acho que sim”.
Em seguida, ele é questionado sobre a veracidade de possíveis ataques terrestres na Venezuela e o presidente dos EUA responde que não diria nem que sim nem que não. Ela então pergunta por que ele faria isso e Trump responde: “porque eu não falaria para uma repórter o que eu atacaria”.
Trinidad e Tobago colocou nesta sexta-feira (31) seu Exército em “alerta geral” e ordenou que as tropas retornassem aos quartéis. A decisão foi divulgada em mensagem das Forças de Defesa do país, à qual a agência de notícias AFP teve acesso.
A medida foi tomada em meio à mobilização militar dos Estados Unidos no Caribe contra o narcotráfico, operação que a Venezuela considera uma “ameaça” e parte de um plano de “mudança de regime”.
“Alerta máximo: com efeito imediato, as Forças de Defesa de Trinidad e Tobago (TTDF) estão em NÍVEL DE ALERTA UM. Todos os membros devem se apresentar em suas respectivas bases”, diz a mensagem enviada pelas Forças Armadas aos oficiais.
“Recomenda-se fortemente a todos que façam os arranjos necessários com suas famílias e os preparativos pessoais necessários para o confinamento.”
No mês passado, os Estados Unidos lançaram uma operação contra embarcações supostamente ligadas ao narcotráfico no Caribe e no Pacífico Oriental. Mais de 60 pessoas morreram desde o início da campanha.
A mobilização ocorreu pouco depois de Washington acusar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de chefiar cartéis de drogas.
Maduro nega as acusações e afirma que os Estados Unidos querem promover uma mudança de governo para se apropriar das riquezas venezuelanas.
Um navio de guerra americano participou de exercícios conjuntos em Trinidad e Tobago entre domingo e quinta-feira (30). Caracas classificou a presença como uma “provocação militar” para gerar um conflito.
Donald Trump disse que não planeja atacar a Venezuela. A fala contrastou com uma reportagem publicada pelo jornal “The Wall Street Journal” na última quinta-feira (30), que afirmou que Washington está estudando a possibilidade de bombardear bases militares venezuelanas.
O Comando Sul dos Estados Unidos divulgou na quinta um vídeo que mostra fuzileiros navais realizando operações com fogo real no Mar do Caribe. Nas imagens, eles aparecem atirando com metralhadoras a bordo de um bote.
“As forças militares americanas estão destacadas na região em apoio à missão do Comando Sul, a operações determinadas pelo Departamento de Guerra e às prioridades do presidente para interromper o tráfico ilícito de drogas e proteger o território americano”, publicou.
O reforço militar dos EUA no Caribe também inclui destróieres lançadores de mísseis, caças F-35, um submarino nuclear e milhares de militares.
Desde o início de setembro, mais de dez barcos suspeitos de integrarem o narcotráfico foram bombardeados no Caribe e no Pacífico.
A operação elevou as tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela. Segundo a imprensa americana, autoridades de defesa afirmam que o objetivo final da ação seria derrubar o governo de Nicolás Maduro.
O Pentágono divulgou poucas informações sobre essas ações, incluindo a quantidade de drogas supostamente apreendidas e a identidade dos mortos que estavam nos barcos.