Quarta-feira, 16 de Julho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 2 de fevereiro de 2022
A Áustria começou a aplicar a lei que torna as vacinas contra a covid obrigatórias para todos os cidadãos. Enquanto partes da Europa estigmatizaram pessoas que rejeitam as vacinas, o governo do chanceler austríaco, Karl Nehammer, foi além e decidiu criminalizar a conduta.
A polícia começou a checar o status de vacinação das pessoas nos espaços públicos e durante blitze de trânsito. A partir da metade de março, quem não tiver se vacinado receberá multas que podem chegar a até € 3,6 mil (cerca de R$ 21 mil). A lei, que valerá até 2024, tem atraído críticas e protestos.
Analistas políticos e de saúde pública sugerem que a manobra é arriscada. Com legisladores de oposição rebelando-se contra a legislação e dezenas de milhares de manifestantes tomando as ruas de Viena com certa frequência, Nehammer – há menos de dois meses no cargo – está diante de um teste. O anúncio da obrigatoriedade, juntamente com a vacinação das crianças, provocou um salto nas imunizações em novembro, mas, desde então, o ritmo voltou a diminuir.
Cerca de 76% da população da Áustria está completamente vacinada, um índice acima da média da União Europeia (UE). Mas, enquanto alguns países tornaram obrigatória a vacinação para trabalhadores de saúde e a Alemanha debate a obrigatoriedade ampla, ninguém foi tão longe quanto os austríacos.
Parte da população é contra a obrigatoriedade. Alguns advogados argumentam que ela pode violar direitos fundamentais. Ao mesmo tempo, a Áustria começará a abrandar outras restrições anticovid, permitindo que casas noturnas fiquem abertas até tarde, e eliminando progressivamente a exigência da apresentação de certificados de vacinação em estabelecimentos comerciais.
Dinamarca
A Dinamarca se tornou o primeiro país da UE a suspender todas as restrições sanitárias, com base no elevado porcentual de vacinados e na menor gravidade que a variante ômicron representa. Após uma primeira tentativa de dois meses, entre setembro e novembro, as máscaras, o passaporte sanitário e os horários reduzidos de bares e restaurantes foram aposentados. As casas noturnas também reabriram e sem limite de capacidade.
As únicas restrições afetarão apenas os viajantes não vacinados que chegarem à Dinamarca vindos de países que não integram o Espaço Schengen. A flexibilização quase total ocorre no momento em que o país registra entre 40 mil e 50 mil contágios diários. Trata-se de um nível recorde, que representa quase 1% dos 5,8 milhões de habitantes. No entanto, 64% da população apoia a estratégia, após dois anos de pandemia, segundo pesquisa publicada no jornal Politiken.
Mais de 60% da população recebeu a dose de reforço. No restante da UE, a taxa é inferior a 45%. Incluindo os casos recentes de covid, as autoridades de saúde calculam que 80% da população esteja protegida contra as formas graves da doença. “Com a ômicron, que não é uma doença grave para os vacinados, pensamos que é razoável retirar as restrições”, disse a epidemiologista Lone Simonsen.
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