Quinta-feira, 25 de Abril de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 12 de novembro de 2021
Uma equipe de cientistas do Instituto Politécnico do Porto (IPP), em Portugal, está desenvolvendo uma vacina comestível contra a covid-19. O imunizante poderia ser ingerido em formato de iogurte ou suco de frutas.
A ideia, que surgiu ainda no início da pandemia, começou a avançar há cerca de seis meses. Prestes a finalizarem os ensaios in vitro, os cientistas planejam começar em breve os testes em animais, entre eles ratos, peixeis e uma espécie pequena de minhoca.
Segundo o biólogo Rúben Fernandes, um dos responsáveis pelo Laboratório de Biotecnologia Médica e Industrial (LaBMI do IPP), a particularidade do imunizante é ter por base plantas de frutos e probióticos geneticamente modificados – micro-organismos vivos benéficos à saúde humana. O pesquisador afirmou à agência Lusa que o projeto é “completamente inovador em Portugal”.
O objetivo do projeto, de acordo com a equipe, é que a vacina chegue facilmente ao usuário final. Os cientistas apontam que os imunizantes que estão sendo aplicados atualmente no mundo estimulam a neutralização do coronavírus, enquanto o que está em desenvolvimento teria outra propriedade visando a imunidade.
“Ambos são produtos preventivos, mas, neste caso, a vacina, vou dizer convencional, neutraliza uma infecção e as vacinas comestíveis têm a propriedade de poderem potenciar as outras vacinas comuns”, disse Fernandes à Lusa.
A expectativa dos pesquisadores é viabilizar a vacina entre seis meses e um ano, se usados apenas os probióticos. No caso dos frutos, a tendência é que demore mais, já que as plantas precisam crescer para que possam ser usados na indústria e transformados em suco.
Embora o foco seja na covid-19, cientistas acreditam que, no futuro, a vacina possa interessar também para prevenção de outras doenças infecciosas.
Pfizer
A farmacêutica Pfizer entrou nesta sexta-feira (12) com o pedido de autorização na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que a vacina contra a covid-19 possa ser aplicada em crianças com idades entre 5 e 11 anos.
“De acordo com o pedido da Pfizer, a dosagem da vacina para a faixa etária será ajustada e menor que aquela utilizada por maiores de 12 anos. Dessa forma, a proposta é ter frascos diferentes, com dosagem específica para cada grupo (maiores ou menores de 12 anos). Segundo a empresa, os frascos serão diferenciados pela cor”, informou a Anvisa em nota.
A partir de agora, a reguladora brasileira irá fazer uma análise técnica sobre o assunto e terá o prazo de 30 dias para a avaliação do pedido. A vacina da Pfizer está registrada no Brasil desde 23 de fevereiro deste ano para pessoas com mais de 16 anos e, para a faixa etária de 12 a 15 anos, desde 11 de junho.
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