Quinta-feira, 28 de Março de 2024

Home Economia Variante ômicron volta a assombrar o mercado e Bolsa cai à espera de 2022

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O mercado financeiro só quer saber de 2022. Nem mesmo na reta do final do
ano, quando a interferência política e macroeconômica diminui, o Ibovespa
tem conseguido reagir. A disparada no número de casos de covid-19 no mundo
em função da disseminação da variante ômicron tirou o apetite dos
investidores.

Pelo segundo dia consecutivo, foram mais de um milhão de casos
confirmados da doença no planeta, números recordes desde o início da
pandemia. Com isso, o Ibovespa fechou a quarta-feira (29) em queda de 0,72%, aos 104.107 pontos. Nos EUA, as bolsas tiveram pequena oscilação positiva.

“O cenário de maior preocupação com a variante ômicron e a ausência de
outras notícias no mercado brasileiro que pudessem trazer algum alento para maior aversão ao risco, o dólar subiu 0,94%, encerrando o dia cotado a 5,693
reais.

As ações que mais sentiram os efeitos do estresse provocado pela ômicron no
Brasil foram aquelas ligadas à aviação e ao turismo. Azul e CVC fecharam em
quedas de 7,3%, enquanto a Gol recuou 6,7%. Foram poucas as empresas que
conseguiram terminar o dia com saldo positivo. A maior alta do dia foi
registrada pela Via, que avançou 1,4%, em dia de compensação frente às perdas acumuladas neste mês.

Dólar

O dólar escalou nesta quarta, o patamar dos R$ 5,69 e terminou o dia em alta de 0,95% (R$ 5,6934). Com as informações sobre o aumento de casos de covid-19 no mundo, o mercado opera cauteloso, ora preocupado com a alta nas infecções e o avanço da ômicron, ora ponderando a falta de casos mais graves.

A situação acaba gerando alguma busca por segurança, afastando o investidor da maior parte dos países emergentes. Aqui, desfavorece o real um cenário pouco animador para o ano que vem, que vê incertezas sobre o fiscal, sobre o crescimento e muita instabilidade com as eleições. Isso, em um cenário de baixa liquidez e com pressão usual dessa época por moeda para remessas ao exterior, elevam a cotação.

Com o resultado, o dólar acumula uma alta de 9,73% no ano, 1,03% no mês e 0,54% na semana.

Os investidores já começam a pintar o cenário para o próximo ano. Já pela manhã desta quarta, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) acima do esperado (em 0,87% em dezembro, ante expectativa de 0,74% e após 0,02% de alta em novembro) começou a inserir cautela no mercado. Os investidores também monitoram se a pressão dos servidores federais vai ganhar corpo, após reunião desta quarta ter marcado para fevereiro uma discussão sobre possível mobilização.

Com as incertezas internas e um cenário de eleição à frente, com mais e mais pressões por gasto, o Brasil perde a atratividade, destaca Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo Investimentos. Sobretudo em um contexto de sinais de recuperação da economia americana e com um tapering à vista.

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