Segunda-feira, 20 de Maio de 2024

Home Viagem e Turismo Veja as melhores cidades para viver na Europa e na América do Norte

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Em Viena, a arte do bem-viver chama-se Lebenskunst, e agora que restaurantes e museus da capital austríaca reabriram a cidade volta a ser o lugar perfeito para sua prática. A nova pesquisa sobre índices de qualidade de vida da Economist Intelligence Unit (EIU), empresa afiliada à revista, concorda. Pela terceira vez nos últimos cinco anos Viena ocupa o topo do ranking da EIU.

A cidade oferece muitas oportunidades de cultura e entretenimento, assim como boa infraestrutura e estabilidade em geral. Outras cinco pequenas cidades europeias aparecem no Top 10, também beneficiadas pelo alívio das restrições anticovid-19. Mas desde o ano passado, Paris e Londres, que normalmente não figuram em posições tão boas no ranking por causa de problemas peculiares a cidades grandes, como congestionamentos e criminalidade, subiram 23 e 27 posições, respectivamente, para os 19º e 33º lugares, à medida que começam a tratar a covid como endemia, em vez de pandemia.

Canadá

O retorno parcial à normalidade não se restringe à Europa Ocidental. Três cidades canadenses entraram no Top 10, enquanto Nova York, Los Angeles e Washington DC melhoraram de colocação em comparação ao ano passado. De acordo com o índice de normalidade da Economist, que acompanha viagens, recreação e utilização de escritórios, a atividade nos Estados Unidos e no Canadá se situa agora em nove décimos dos níveis pré-pandêmicos.

A atividade global está hoje em torno de um sexto abaixo do grau anterior ao surgimento do coronavírus. Isso se reflete na média global de qualidade de vida, que retornou para algo que se aproxima da normalidade.

Para algumas cidades subirem no ranking, outras têm de cair. Todas as cidades da China caíram no índice, e cidades e nações insulares com fortes controles fronteiriços que desempenharam bem um ano atrás agora sofrem.

Nova Zelândia

Auckland ocupou o topo do ranking no ano passado, com poucos casos de covid e pouquíssimas restrições. Mas em março, quando a pesquisa foi conduzida, a altamente contagiosa variante Ômicron provocou um pico nos casos de covid na Nova Zelândia – e a cidade despencou 33 posições.

A guerra na Ucrânia também influencia qualidade de vida. Kiev não foi avaliada em 2022 porque o correspondente da EIU teve de abandonar a pesquisa quando o conflito irrompeu. Moscou e São Petersburgo caíram 15 e 13 colocações, respectivamente, para as 80.ª e 88.ª posições, conforme centenas de empresas ocidentais se retiraram da Rússia e a censura aumentou. Outras cidades afetadas diretamente pela guerra, como Budapeste e Varsóvia, viram seus índices de estabilidade cair à medida que as tensões geopolíticas aumentaram.

Se a guerra continuar, mais cidades poderiam sofrer perturbações no fornecimento de alimentos e combustíveis. A bem-vinda elevação nos índices de qualidade de vida deste ano poderia ter vida curta.

As melhores

Para muitos na Europa Ocidental, a pandemia é coisa do passado. Uma pequena minoria ainda usa máscaras, e os lockdowns se tornaram uma memória distante, talvez dolorosa. Este retorno à normalidade se reflete na pesquisa sobre índices de qualidade de vida compilada pela Economist Intelligence Unit.

A maioria das cidades com maior qualidade de vida no ranking deste ano está na Europa Ocidental: Viena assumiu o primeiro lugar pela terceira vez em cinco anos. Duas outras cidades, Copenhague e Zurique, estão no Top 5. Mas como anda o restante do continente em comparação?

A reabertura de cidades de toda a Europa Ocidental colocou de volta os índices médios da região a algo próximo aos que vigoravam anteriormente às normas pandêmicas. Isso também torna a Europa Ocidental a região com melhor qualidade de vida no mundo.

Na lista geral, todas as principais melhorias – exceto em um caso – deste ano ocorreram na Europa Ocidental (a exceção, Los Angeles, ascendeu 18 posições). As cidades que mais subiram são alemãs. Dusseldorf, Frankfurt e Hamburgo melhoraram seus índices de qualidade de vida graças a grandes saltos em indicadores culturais ocorridos após as medidas anticovid serem aliviadas.

Queda

Nem todos os rincões do continente testemunharam as mesmas melhorias. Em comparação, cidades do Leste Europeu estão se recuperando das quedas nos índices de qualidade de vida da era covid em um ritmo mais lento; o índice médio no leste é agora 20 pontos mais baixo do que no oeste. Sistemas de saúde já pressionados ficaram sobrecarregados em razão de lentidões na vacinação; muitas cidades permanecem imersas na corrupção.

Istambul, a única cidade da Turquia incluída no ranking, apresentou o pior índice na Europa. A liderança cada vez mais autoritária do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e a dolorosa inflação derrubaram a qualidade de vida. Baku, capital do Azerbaijão – um dos países mais corruptos na Europa, de acordo com o grupo anticorrupção Transparência Internacional – é a segunda pior cidade em termos de qualidade de vida na Europa, constata a EIU.

Moscou e São Petersburgo caíram à medida que o regime de Vladimir Putin descambou cada vez mais para a opressão. Os analistas da EIU não puderam concluir sua pesquisa em Kiev após a invasão de Putin, mas a capital ucraniana ocupou a última ou a penúltima posição nos rankings europeus desde 2014.

A guerra continuará a deixar suas marcas em grande parte da Europa. A inflação castiga duramente os europeus, dada a dependência de muitos países do continente em relação ao gás russo. Preços mais altos tornam as benesses da vida urbana menos acessíveis. E uma recessão à espreita tirará o brilho da vida pós-lockdown.

América do Norte

Os melhores lugares para viver na América do Norte estão no Canadá. Mais de 630 mil pessoas se mudaram de diversos países para a América do Norte no primeiro semestre de 2022, uma elevação de 51% em relação ao mesmo período no ano anterior. É fácil ver por quê. A região é lar de algumas das cidades com melhor qualidade de vida no planeta, segundo o ranking da Economist Intelligence Unit.

Este ano, todas as cidades da América do Norte incluídas no ranking marcaram acima de 80 pontos (entre 100), com uma média de 88. Isso torna a América do Norte a segunda região com melhor qualidade de vida no mundo, pouco atrás da Europa Ocidental. Quais cidades se sobressaíram?

Quem procura um novo lar pode querer considerar Calgary. A cidade canadense marcou 96 pontos, mais do que qualquer outra na América do Norte. Não é sua primeira vez no topo: Calgary foi a cidade mais bem colocada na região duas vezes na década recente.

Vancouver, Toronto e Montreal ocuparam as três posições seguintes. Moradores dessas quatro cidades canadenses desfrutam de índices elevados em assistência de saúde e educação. A vacinação com doses de reforço contra a covid-19 e a rápida reabertura das escolas durante a pandemia favoreceram as altas pontuações.

Atlanta

A cidade mais bem colocada nos Estados Unidos foi Atlanta, que no ranking geral da região ficou na quinta posição. Los Angeles, a cidade da região que mais subiu no ranking, ascendeu do 15.º ao 9.º lugar, graças a grandes ganhos nas categorias de cultura após as autoridades aliviarem restrições à lotação de estabelecimentos e eventos públicos, em fevereiro.

Nova York, enquanto isso, ficou entre as pior colocadas, em 21.º lugar – duas posições abaixo de sua colocação anteriormente à pandemia. A cidade pontuou mal em estabilidade e infraestrutura (como bem sabem os nova-iorquinos preocupados com altos índices de criminalidade ou aglomerados no metrô envelhecido).

O México não entrou no ranking norte-americano da EIU, mas suas cidades estiveram entre as 50 pior colocadas na pesquisa global. Quando se trata de qualidade de vida, parece que quanto mais ao norte, melhor.

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