Quarta-feira, 02 de Julho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 21 de julho de 2022
Em março de 2022, o endividamento da população brasileira bateu a marca de 77,5%. Foi um aumento de 10,3 pontos em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo.
De acordo com a última edição do Índice FinanZero de Empréstimo (IFE), realizado em maio deste ano, 46% dos entrevistados têm a intenção de solicitar empréstimo para os próximos meses, porcentagem que atingiu o maior patamar dos últimos 11 meses.
Diante desse cenário, é preciso saber negociar sua dívida. A especialista Ana Paula Pisaneschi, CEO e fundadora do Uffa, plataforma que auxilia pessoas a resolverem seus problemas financeiros, dá as cinco principais dicas para escapar das ciladas na hora de renegociar suas dívidas. Veja a seguir:
1) Tenha todas suas dívidas anotadas e saiba os valores reais: “O primeiro passo para buscar a renegociação é saber o tamanho da sua dívida. Tendo a noção do valor inicial do saldo devedor, os juros e encargos que estão correndo sobre ele, é possível garantir que a proposta seja realmente vantajosa para a sua renegociação”, diz Ana Paula.
2) Analise o quanto você pode pagar na renegociação: Ao buscar por um acordo é importante ter em mente o valor que você irá conseguir arcar mensalmente ou à vista, uma vez que o não cumprimento do acordo pode trazer sérias consequências.
“Quando ocorre a quebra de acordo, o seu CNPJ volta aos registros de inadimplência e a concessão de crédito é bloqueada novamente, além disso, o credor poderá cancelar o acordo fechado e retornar ao contrato antigo, o que, na maioria das vezes, significa taxas de juros ainda mais altas”, alerta ela.
3) Procure diminuir as parcelas: Ao adotar prazos mais longos, as taxas de juros também aumentam e o montante final de uma dívida pode dobrar, podendo até ultrapassar o seu valor inicial.
“Em alguns casos, pode ser interessante adiar a negociação em alguns meses para juntar o valor à vista e, assim, pagar a menor taxa de juros possível. No geral, é interessante balancear o que é mais vantajoso, uma vez que não vale a pena pagar menos por mês e gastar mais no final das parcelas”, diz a especialista.
4) Priorize as maiores dívidas: “Apesar da ideia de quitar aos poucos as dívidas pequenas enquanto não é possível pagar as maiores dá a impressão de se livrar das dívidas, porém, quitar um débito de menor valor e deixar os juros correndo sobre os de valores maiores é uma péssima estratégia”, conta Ana Paula. “Dê sempre prioridade para as maiores, afinal são elas que cobram as maiores taxas de juros e encargos, como pendências bancárias e cartões de créditos.”
5) Leia todo o contrato: “Outro fator essencial na hora de renegociar a dívida é conferir os termos apresentados no contrato. Nessa etapa, é preciso se atentar às datas de pagamento, as multas e taxas que serão aplicadas em caso de atrasos, conferir se as condições de pagamento estão de acordo com o combinado anteriormente. Além disso, é importante confirmar se não está sendo acrescentado nenhum outro serviço ao seu contrato, como linhas de crédito, empréstimos”, finaliza ela.
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