Sábado, 20 de Abril de 2024

Home em foco Voltados para uso profissional, recursos do novo iPhone 13 são muito específicos para a maioria das pessoas perceber o seu valor no dia a dia

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Vendido por R$ 15,5 mil, o iPhone 13 Pro Max de 1 TB é um telefone para poucas pessoas. Além do preço exorbitante, nem todos os recursos do novo smartphone da Apple são essenciais para a maioria dos usuários. Ele é um produto de nicho, que foca bastante nos detalhes.

Vale dizer que a linha Pro já vinha de uma base sólida: o iPhone 12 Pro é um super aparelho, então a Apple focou em algumas melhorias — é por isso que, para alguns, o iPhone 13 ganhou o apelido de “12S”. Na edição deste ano, várias atualizações foram feitas no conjunto de câmeras, embora isso não esteja tão na cara.

Ele permanece com três lentes de 12 MP: grande angular, ultra-angular e teleobjetiva. A última recebeu um zoom óptico de 3x pela primeira vez. A mudança, porém, está no sensor de imagem. A Apple afirma ter aumentado o componente, o que permite uma captação maior de luz. Segundo a empresa, o novo sensor capta 49% mais luz que o iPhone 12 Pro Max.

Além disso, a abertura da lente principal passa a ser de ƒ/1.5 (antes era ƒ/1.6), o que permite que ainda mais luz chegue ao sensor. Tudo isso resulta em fotos com mais detalhes e cores — é uma das melhores câmeras do mercado, rivalizando com o Galaxy S21 Ultra e o Pixel 6 Pro, do Google. Em ambientes com bastante luz, os bons resultados são nítidos, principalmente com a grande-angular.

Dois recursos que já eram estrelas do iPhone estão ainda melhores. O modo noturno, com exposições longas, continua sendo o melhor do mercado. Em testes, foi possível registrar estrelas no céu no centro de São Paulo — até o iPhone 12, era necessário manter o celular estático por até 3 segundos para conseguir imagens do tipo.

Já o modo retrato, que borra o fundo, parece cada vez mais preciso ao detectar o objeto da foto — pelo menos, no conjunto traseiro. Na câmera frontal, de 12 MP, é difícil detectar grandes mudanças em relação às últimas duas gerações de iPhone.

Em vídeo, a câmera consegue registrar em 4K em 60 quadros por segundo com resultados muito satisfatórios em termos de cor e detalhe. Ainda com ar mais profissional, o novo iPhone permite capturar vídeos no formato ProRes, usado por profissionais da imagem para trabalhos de edição mais sofisticados. É possível captar no formato em 4K e 30 quadros por segundo — por conta do tamanho dos arquivos, os aparelhos com 128 GB de espaço só suportam até 1.080p em 30 fps.

Tela e bateria

Com tudo isso, justifica-se a decisão da Apple de criar um smartphone com 1 TB de espaço — vídeos no formato ProRes são gigantes. Claro, espaço no celular sempre é bem-vindo, mas isso também tem um custo. Para quem não planeja usar os formatos de arquivos maiores, é possível olhar com mais carinho para modelos com menor capacidade de armazenamento.

O sabor de ferramenta profissional também está na tela — a Apple diz que o painel de 6,7 polegadas dos modelos Max é também uma tentativa de deixar confortável quem pretende começar trabalhos de edição no aparelho. Segundo a Apple, o painel deste ano é 20% mais brilhante do que na geração anterior, o que pode ser útil em ambientes muito iluminados.

A maior novidade da tela é que agora ela tem taxa de atualização dinâmica, que pode chegar a até 120 Hz em imagens com muito movimento, como vídeos e jogos.

A bateria do iPhone 13 Pro Max tem duração excelente. Quando a empresa anunciou que ela durava até 2,5 mais do que o antecessor parecia um progresso minúsculo. Mas, na prática, ela faz diferença. Em testes, durou 30 horas aguentando muitos jogos e vídeos. Ou seja, dá para imaginar ficar até dois dias sem carregar dependendo do uso que se faz do aparelho.

Vale a pena?

Como ferramenta profissional, o iPhone 13 Pro Max pode até valer o investimento. Mas, vamos colocar os pés no chão. Para o uso normal, o iPhone 13 ‘regular’ pode ser um caminho para quem não quer ficar de fora do mundo da Apple. O salto só vale mesmo se você estiver vindo de gerações muito antigas do aparelho, como o iPhone 8. Outra opção é ficar de olho nas versões “Pro” de gerações anteriores. Tanto o iPhone 11 quanto o 12 ainda estão no varejo e são aparelhos muito bons.

Embora seja um grande telefone, o iPhone 13 Pro Max é feito para detalhes que não impactam a maioria das pessoas, como o modo cinemático, as resoluções profissionais, a ligeira velocidade na câmera e a taxa de atualização do painel. De fazer inveja mesmo para todo mundo só a bateria, mas pagar R$ 15,5 mil por isso não compensa.

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