Segunda-feira, 29 de Abril de 2024

Home Artes Visuais A morte do artista plástico que associava materiais orgânicos e inorgânicos

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A morte do artista paulistano Angelo Venosa aos 68 anos em decorrência de esclerose lateral amiotrófica, uma doença degenerativa, era esperada. Venosa, um dos principais nomes da chamada Geração 80, já estava bastante debilitado ao ser homenageado há um ano pelo Museu de Arte Contemporânea (MAC) da Universidade de São Paulo com a instalação de uma escultura sua no espaço térreo do projeto Clareira do museu no Ibirapuera.

A escultura reúne elementos presentes na obra de Venosa, uma das mais originais da geração marcada pela onda neoexpressionistas que passou pelo mundo nos anos 1980. Ele foi primeiro nome a ocupar esse espaço especial do museu, que tem duas obras de grandes dimensões do artista em seu acervo – uma delas uma gigantesca peça preta que pende do teto, dos anos 1980.A peça evoca o enigmático monstro marinho criador por Piero Gherardi (1909-1971) para o filme A Doce Vida, clássico de Fellini, ou a criatura de Alien, o Oitavo Passageiro, criado pelo suíço Hans Ruedi Giger.

Porém, ao contrário dos europeus, Venosa tinha uma relação estreita com o Brasil e as formas orgânicas das suas últimas esculturas retomam algo deixado para trás nos anos 1980, associada a uma morfologia pré-histórica, como a da gigantesca Baleia (esse não é o nome original), de 1988, hoje instalada em Copacabana, após ser transferida da Praça Mauá, no Rio.

A última exposição do artista estreou no Rio de Janeiro em abril de 2021, com obras feitas durante a pandemia. Ele já estava mais recluso em casa antes deste período por conta do diagnóstico de ELA.

É possível também ver obras do artista plástico na Praia de Copacabana e Museu do Açude, no Rio, em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, e no Parque José Ermírio de Moraes, em Curitiba.

MAM

Instituições como o Museu de Arte Moderna do Rio estão entre as que lamentaram a morte. Em um post no Instagram, o MAM lembrou a trajetória de Angelo e que uma obra dele pode ser vista na área externa da instituição.

“Angelo Venosa é um dos mais importantes artistas da escultura contemporânea brasileira. Sua obra reflete ousadas pesquisas em torno de métodos e materialidades que ocupavam espaços internos e externos, os grandes vãos dos museus ou, mesmo, o espaço público”, disse o museu, em uma postagem.

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